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sábado, 1 de abril de 2023

Presidente do BC quer mais mulheres e minorias na instituição

Participação feminina em funções comissionadas é de apenas 19,4%
Por Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil - Brasília
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta sexta-feira (31) que um dos desafios da instituição é o de, nos próximos concursos, buscar compor um quadro mais equitativo, com maior participação de mulheres e minorias. Edição: Nádia Franco

A afirmação foi feita na sede Tribunal de Contas da União (TCU), em Brasília, durante o evento Mulheres e Homens Construindo um Setor Público com Mais Equidade, promovido por TCU, Senado Federal e Banco Central.

Em discurso, Campos Neto falou sobre o Programa de Diversidade e Inclusão, lançado nesta semana pelo Banco Central, com o propósito de usar a diversidade como “fonte propulsora” de resultados.

Ele disse que o programa se propõe a articular ações de promoção da igualdade de gênero, raça, orientação sexual e outros públicos, para que o Banco Central seja uma organização mais acolhedora e inclusiva a todos os seus colaboradores.

Quadro
Campos Neto lembrou que a diretoria colegiada do BC tem apenas duas mulheres entre os oito integrantes e que "elas valem por seis" e colaboram para melhorar a qualidade das decisões tomadas", uma vez que "trazem um olhar diverso ao dos homens”.

“Quando olhamos para os quadros do banco, nos deparamos com uma situação que mostra que podemos melhorar muito quanto à representatividade feminina na nossa casa”, reconheceu o presidente da autoridade monetária.

O quadro de servidores ativos do BC conta com 3.372 pessoas, e apenas 23% são mulheres. “Quando olhamos se a proporção está refletida nos cargos de liderança, vemos que, de maneira geral, até está. Mas a balança ainda pende para uma proporção maior de comissionados homens do que mulheres. Temos atualmente 19,4% de mulheres ocupando funções comissionadas”, disse.

“O que nos preocupa é que esse número se mantém estável há muitos anos, indicando necessidade de ações para que ele cresça, e que possamos ter uma representatividade maior de mulheres em funções de liderança, pelo menos para refletir a proporcionalidade dos servidores ativos no nosso quadro”, acrescentou.

Um “grande desafio” do Banco Central é, segundo Campos Neto, incentivar, nos próximos concursos, “participação e recrutamento de mais mulheres e minorias”. “Gostaríamos muito que o ingresso em nossa casa fosse mais diverso”, completou.

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