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sexta-feira, 28 de abril de 2023

Uso de preservativo ajuda a prevenir câncer de esôfago, indica Ministério da Saúde

Foto: Reprodução / SESAB
Os fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de esôfago estão associados, principalmente, a hábitos como tabagismo, uso de bebidas alcóolicas e alimentação gordurosa. Entretanto, a lista de prevenção deste tipo de câncer feita pelo Ministério da Saúde também inclui utilizar camisinha durante relações sexuais. As informações são do portal Metrópoles.

“Os cânceres não são doenças sexualmente transmissíveis. O que ocorre é que algumas manifestações de tumor estão relacionadas a imunossupressão e a infecções de cunho sexual, especialmente pelo HPV”, explica o oncologista Daniel Vargas, da Oncoclínicas de Brasília.

Vários estudos ligam um tipo de câncer de esôfago específico – o carcinoma epidermoide escamoso – ao vírus HPV. Da mesma forma que lesões provocadas pelo vírus no útero podem originar câncer, é aceito que lesões prévias na garganta causadas pelo vírus também podem levar a tumores na região.

Em uma revisão feita por pesquisadores da USP, ficou constatado que de 2,4 mil pacientes com câncer de esôfago estudados, 648 eram positivos para o vírus HPV. “Há uma associação entre o HPV e o tumor, mas este não tem maiores influências no prognóstico do paciente”, apontou a conclusão do estudo.

A prevenção do câncer de esôfago passa por uma série de cuidados. “É importante controlar o peso, não fumar e evitar também o álcool. Para pessoas que tem um histórico na família, é recomendado evitar tomar bebidas muito quentes, como chá e chimarrão. Elas podem causar inflamações crônicas que também são um fator de risco”, diz Vargas.

O câncer de esôfago atinge cerca de 11 mil brasileiros ao ano, segundo os dados do Ministério da Saúde. Na fase inicial, este tipo de tumor não apresenta sinais intensos e, muitas vezes, só é possível detectá-lo quando o paciente sente dificuldade de engolir.

“O câncer de esôfago costuma ser diagnosticado em estágios mais graves, então a recuperação é difícil”, diz o oncologista. “Mas, por outro lado, a ciência tem avançado com novas terapias que aumentam as chances de recuperação. A imunoterapia tem sido usada com muito sucesso em cânceres desse tipo”, afirma Vargas. 

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