Um número expressivo de cidadãos atendeu ao chamado da Câmara para esclarecer dúvidas sobre o empréstimo que o município pretende contrair. Realizada terça-feira (04), a audiência foi presidida pelos vereadores Luiz Alberto Roza (DC) e Francisco Edes (Republicanos), das Comissões de Legislação e Finanças.
Os edis e o público levaram questionamentos à secretária de Infraestrutura e Urbanismo, Sônia Fontes, e ao gerente do Banco do Brasil, Anderson Santos. É junto àquela instituição que o município quer buscar até R$ 115 milhões, sob aval da União, com juros de até 15% e prazo de 120 meses para pagar.
O valor eventualmente pedido, informa a secretária, será para obras novas em Infraestrutura viária, Educação, Saúde, Esportes, Lazer e Iluminação Pública. “Um dos pontos principais foi o prefeito Augusto Castro ter conseguido sanear as contas públicas. (...) Temos 22 licitações de obras e serviços que poderemos realizar de vez. Isso é emprego, oportunidade, crescimento imobiliário”, explanou a secretária.
Posicionamentos e perguntas
“Por que o Banco do Brasil e não o BNDES?”, indagou o vereador Dando Leone (PDT); “Em que pé está o andamento do empréstimo [de até 30 milhões de dólares] autorizado junto ao Fonplata?”, perguntou Israel Cardoso (Agir).
Pastor Francisco emendou: “Onde estão os projetos para investimentos nos bairros? Além de dar o voto sim ou não, queremos saber onde será gasto cada centavo que entrar na prefeitura”. “Tem tempo hábil para concluir essas obras?”, quis saber o relator do projeto, Ronaldo Geraldo (PL). “Todos estão empenhados aqui, pensando no progresso, em melhorar Itabuna”, completou Luiz.
Ricardo Xavier (Cidadania) observou que a Casa tem cumprido o papel de se aprofundar no projeto. “Sabemos das dificuldades de nossa cidade e queremos que ela volte a crescer; não há crescimento sem investimento; estamos tendo uma oportunidade única nos últimos anos, que é o município ter crédito”, argumentou.
Presente ao ato, o vice-prefeito Enderson Guinho (UB) trouxe indagações sobre as prioridades do Executivo no uso dos recursos próprios e disse ter esperança que a secretária Sônia Fontes possa realizar o que se propõe a fazer.
O público foi representado por vozes contrárias e a favor da proposta. O ex-presidente da Emasa, Geraldo Briglia, ponderou: “O município vem quebrado há muitos anos; todos que assumirem vão ter participação no pagamento e na execução; não vai ser um gestor só a executar um projeto desse. Agora, traz qualidade de vida ao itabunense, principalmente na periferia”.
Já o comerciante informal José Olímpio provocou: “Está estabelecido algum plano de pagamento, para que a população não venha sofrer com futuros impostos? Minha geração vai ser prejudicada lá na frente, já que a gestão enfatiza que pegou a cidade no vermelho. Será que não vamos caminhar para outro cartão vermelho? Com boas intenções, é lógico”.
A íntegra da audiência está no YouTube da Câmara de Itabuna https://www.youtube.com/watch?v=UEz5U4vwsBU
Nenhum comentário:
Postar um comentário