Setor registra crescimento constante no apetite por financiamento desde 2017, com expansão anual de 33% e 270% em todo o período
Foto: Divulgação Embrapa
O volume de concessão de crédito do Banco do Nordeste (BNB) para produtores de cacau voltou a crescer em 2022, atingindo R$ 76,8 milhões. A Bahia concentra a demanda no segmento, mas há operações também no Ceará, Maranhão, Sergipe, Piauí, Minas Gerais e Espírito Santo.
Segundo a instituição financeira, o apetite pelo recurso cresce na cacauicultura desde 2017, a um ritmo de 33% ao ano. No período, a alta atingiu 270%.
Em paralelo, segundo a Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC), as empresas associadas receberam, em 2017, cerca de 150 mil toneladas de cacau fornecidas pelos produtores. Em 2022, esse número superou 200 mil toneladas. A presidente da AIPC, Anna Paula Losi, informou que cerca de 90% a 95% da produção nacional é adquirida pela indústria de processamento.
Para o superintendente do BNB na Bahia, Diego Rocha, a instituição está incentivando o fortalecimento da cadeia produtiva do cacau para ampliar a geração de emprego e renda nessa cultura. “Nesse momento, é notável uma reorganização da cadeia produtiva com a verticalização por meio do surgimento de fábricas de chocolate e outros derivados da fruta na Bahia, novos investimentos em inovação pelos produtores, além de novas fronteiras para o cultivo no estado”.
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