Foto: Alan Santos / PR
Em quase 2 horas e 30 minutos de depoimento à Polícia Federal (PF) na tarde desta quinta-feira (5), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) informou aos investigadores que só teve conhecimento 14 meses depois de que joias sauditas teriam sido enviadas como presente do príncipe Mohamed Bin Salman. As informações são do portal Metrópoles.
Fontes da PF informaram que Bolsonaro foi “muito educado, profissional, ético e cordial” ao participar da oitiva na sede da PF. O ex-mandatário foi questionado sobre os conjuntos de joias e armas que ganhou de presente da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes em 2019 e 2021.
Bolsonaro deu sua versão sobre o pedido ao ajudante de ordens Mauro Cid, seu então ajudante de ordens na Presidência, para reaver as joias sauditas. Segundo ele, o pedido teve objetivo de evitar um “vexame internacional” na esfera diplomática.
O ex-presidente da República ainda ressaltou que não houve reiteradas tentativas de reaver as joias e deixou consignado no depoimento que falou sobre o assunto uma única vez, no pedido a Mauro Cid.
Embora, por diversas vezes, e em gravação apresentada no Aeroporto de Guarulhos-SP, o primeiro pacote de joias tenha sido citado como um possível presente à Michelle Bolsonaro, o ex-presidente não citou o nome de Michelle.
Além de Bolsonaro, prestaram depoimento outras nove pessoas, cinco delas em Brasília e quatro em São Paulo, todas na tarde desta quarta. Um dos depoentes é o antigo ajudante de ordens do ex-presidente da República, o tenente-coronel Mauro Cid. Enquanto Bolsonaro prestava depoimento em Brasília, Cid falou com os agentes da PF em SP.
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