Morreu na madrugada deste sábado (1°), em Salvador, a cabeleireira transexual Karla Santos, de 44 anos, que teve o corpo queimado durante uma conversa com o ex-companheiro, principal suspeito do crime, no Hospital de Base de Itabuna.
Conforme a família da vítima ao G1, a causa da morte foi falência múltipla de órgãos. O corpo será encaminhado para o Departamento de Polícia Técnica e a previsão é de que seja liberado no domingo (2). O caso ocorreu em Itabuna e a vítima foi transferida em uma Unidade de Terapia Intensiva aérea para o Hospital Geral do Estado, na capital baiana. Já o acusado, identificado como José Carlos, foi preso em flagrante e teve a prisão convertida para a preventiva. A mãe de Karla, Lucinéia Ferreira, contou que recebeu uma mensagem do suspeito nas redes sociais. Segundo ela, o homem disse que ficaria com a cabeleireira a qualquer custo. "Ele mandou mensagem para mim dizendo: ‘eu amo sua filha, quero ficar com ela e ninguém vai me impedir’. Isso não é amor, é doença. Quem ama não mata, não bate, não espanca", disse Lucinéia Ferreira.
Entre idas e vindas, a vítima e o suspeito estavam juntos há cerca 20 anos. A mãe nunca foi a favor do relacionamento, que era marcado por agressões físicas e verbais. Certa vez, o suspeito chegou a esfaquear a mão de Karla e ela prestou queixa na delegacia, mas depois retirou. Lucinéia ainda disse que a cabeleireira pedia ajuda para se separar de vez do homem. Karla e José Carlos estavam separados, mas mantinham contato. No dia do crime, ele foi até o hospital onde a vítima acompanhava o pai, que está internado, com a justificativa de que queria conversar com a cabeleireira. Foi durante a conversa que ele jogou álcool na vítima e depois ateou fogo.
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