Com este percentual, o estado ficou em 4º lugar no Brasil
Foto: Gustavo Mansur/Prefeitura de Pelotas-RS
Na Bahia, em 2019, viviam 1,485 milhão de pessoas de 2 anos ou mais de idade com pelo menos uma deficiência: visual, auditiva, física ou mental. Isso significa que 10,3% da população baiana nesse grupo etário, ou 1 em cada 10 pessoas de 2 anos ou mais, tinha muita dificuldade ou não conseguia de maneira alguma enxergar, ouvir, se locomover, utilizar os membros superiores ou realizar atividades habituais/ se comunicar/ brincar – mesmo se usasse aparelhos para auxiliar nessas funções (como óculos, aparelhos auditivos, próteses etc.).
O percentual de pessoas com deficiência na Bahia (10,3%) ficou acima do verificado no país como um todo e foi o 4º maior entre as 27 unidades da Federação. Em termos absolutos, com 1,485 milhão, o estado tinha o 3º maior total de pessoas com deficiência.
As restrições no acesso à educação formal e as desvantagens enfrentadas no mercado de trabalho contribuíam para que 8 em cada 10 pessoas com deficiência na Bahia (79,6% do total, ou 1,182 milhão) vivessem, em 2019, em domicílios com rendimento mensal per capita menor que um salário mínimo, o que, na época, correspondia a menos de R$ 998 por pessoa.
O percentual baiano era o 4º maior entre as unidades da Federação, abaixo apenas dos registrados em Maranhão (83,7%), Pará (82,2%) e Alagoas (81,8%), e significativamente superior ao nacional. No Brasil como um todo, 62,0% das pessoas com deficiência moravam em domicílios com rendimento mensal per capita inferior a um salário mínimo.
Além disso, no estado, a proporção de pessoas com deficiência vivendo com menos de um salário mínimo por mês (79,6%) era maior do que a de pessoas sem deficiência nessa mesma condição (74,2%). Embora esta também fosse bem elevada, era a 8ª maior entre os estados.
A percentagem de pessoas com deficiência em domicílios com rendimento mensal per capita inferior a um salário mínimo também era maior do que a de pessoas sem deficiência no Brasil como um todo e em 26 das 27 unidades da Federação. A única exceção era o Piauí, onde as proporções eram de 72,5% e 74,0%, respectivamente.
Por outro lado, a proporção de pessoas com deficiência que recebiam algum benefício social era maior do que a de pessoas sem deficiência, tanto na Bahia (41,9% e 38,5%, respectivamente) quanto no país como um todo (26,6% e 21,3%).
Educação
Outro dado indica que em 2019, 1 em 4 pessoas de 18 anos ou mais de idade sem instrução ou que tinham até o Ensino Fundamental incompleto tinha deficiência (20,2% ou 1,061 milhão). A proporção caía significativamente entre quem tinha concluído ao menos Ensino Fundamental, para 7,2% (104 mil pessoas); era de 6,0% entre os adultos com pelo menos o Ensino Médio completo (202 mil); e caía para 3,0% entre as pessoas com Ensino Superior (33 mil).
Ter ao menos uma deficiência significava, em 2019, estar em franca desvantagem nos principais indicadores do mercado de trabalho – e isso tanto na Bahia quanto no Brasil como um todo e em todas as 27 unidades da Federação.
A própria entrada no mercado de trabalho já era bem menos frequente. Na Bahia, em 2019, a taxa de participação na força de trabalho das pessoas com deficiência, ou seja, a proporção das que tinham 14 anos ou mais de idade e estavam trabalhando ou procurando trabalho, era 29,0% – menos da metade daquela entre as pessoas sem deficiência (64,4%). No Brasil como um todo, a distância era parecida: 28,3% das pessoas com deficiência estavam na força de trabalho, frente a 66,3% das pessoas sem deficiência.
Já a proporção de pessoas com deficiência que trabalhavam, ou seja, o nível da ocupação, em 2019, na Bahia, era cerca de metade do verificado entre as pessoas sem deficiência: 24,5% e 56,5%, respectivamente – num quadro semelhante ao do país como um todo (25,4% e 60,4%).
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