Associado a particularidades do corpo feminino, uso do calçado é capaz de provocar lesões e até fraturas, diz especialista
Foto: Carol Garcia/ GOVBA
Quem nunca viu uma mulher chegar a uma festa com sapatos de salto alto e, pouco tempo depois, retirá-los de seus pés? Por esse motivo, inclusive, algumas anfitriãs, em ocasiões especiais, costumam presentear as convidadas com chinelos de dedo.
Segundo a pesquisa ‘O salto alto e a mulher brasileira’, 53% das entrevistadas responderam que usam salto alto por menos tempo do que o que gostariam. Dessas, 80,1% apontaram a dor como o principal motivo para a utilização reduzida.
Mas o problema vai além de uma simples dorzinha: a escolha do calçado a ser usado pode influenciar a saúde dos joelhos das mulheres. “O uso frequente de salto alto, principalmente, é capaz de trazer diversos prejuízos à saúde ortopédica”, alerta o ortopedista Marcelo Midlej Reis, especialista em cirurgia no joelho.
Naturalmente, a população feminina apresenta maior tendência à incidência de dores, artrite, fraturas por estresse e lesões do ligamento cruzado anterior (LCA). É o que indica a Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia do Esporte (Sbrate). “A lesão do LCA, por exemplo, acomete a população feminina até oito vezes mais”, destaca Midlej.
“Uma das possíveis explicações para essa maior incidência de lesões nas mulheres está nas particularidades fisiológicas e anatômicas do corpo feminino: em geral, elas têm menos massa muscular e ligamentos mais frouxos e com menos colágeno”, explica o ortopedista.
Cuidados
Nesse sentido, os cuidados com a saúde dos joelhos estão relacionados à preferência por utilizar no dia a dia calçados que ofereçam maior estabilidade e exijam menor esforço das articulações — no caso dos sapatos de salto, os do tipo anabela, em vez dos mais finos, são uma opção. Além disso, é importante fazer um check-up ortopédico.
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