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sexta-feira, 14 de abril de 2023

Psicopedagoga explica que pânico e ataques em escolas ocorrem pela ‘demanda de modismo’

Apenas nesta quinta, quatro escolas de Salvador tiveram tumulto movitado por ameaças e suspeitas de ameaças
Foto: Mateus Pereira/ GOVBA
Desde março deste ano, quando uma professora morreu após ser esfaqueada por um aluno em uma escola estadual de São Paulo, as ondas de ataques e tentativas de massacre em escolas de todo o Brasil têm se intensificado e causando efeito manada, sobretudo após o mais recente ataque, que matou 4 crianças em Santa Catarina.

O efeito manada tem chegado também à capital baiana, onde, apenas na manhã desta quinta-feira (13), ao menos quatro escolas tiveram situaçõee de pânico envolvendo adolescente armados e suspeitas de massacre – que foram negadas posteriormente negadas pela Secretaria Estadual de Educação (Sec).

O terror que tem causado pânico entre pais e alunos de escolas públicas e privadas é explicado pela psicopedagoga e neuropsicopedagoga Rosana Mascarenhas como uma “demanda de modismo”. Em entrevista ao bahia.ba, ela explicou motivos que podem desencandear essas ações em escolas de diversas regiões do país.

“Na escola, nós trabalhamos com a dificuldade da aprendizagem do aluno, logo trabalhamoos também com o que vai aprimorar o comportamento e as questões sociais que vai interferir na sua aprendizagem. Hoje há uma preocupação muito grande com o modismo nas escolas entre as crianças e adolescentes, ou seja, elas tendem a copiar o que os outros fazem. Porém, é cultura do ser humano aprender imitando comportamentos e seguir modelos sociais. Além disso, a política de incentivo ao uso da arma aumentou significamente a violência”, explicou.

Segundo ela, coibir açoes em que os próprios alunos são os responsáveis pelos crimes nas unidades escolar não é tarefa simples e precisa de diversos atores da sociedade atuando juntos, a começar pela própria família da criança ou adolescente.

“Cabe aos pais, à escola, ao sistema, procurar o que que está acontecendo. O responsáveis diretos são os primeiros agentes: verificar comportamentos, o celular, as redes sociais dos filhos. Afinal, observamos que as crianças e adolescentes em fase de crescimento de aprendizagem eles começam a sentir necessidade estar inserido em grupos. Muitas vezes ele precisa fazer o que não quer ou que vai chamar atenção para serem aceitos. Então, dependendo da personalidade do indivíduo, ele facilmente irá copiar o que os outros fazem e irá elevar o modismo. Por isso, o primeiro agente é família, que precisa estar atentos a comportgamentos. Em seguida, claro, a fiscalização das escolas e ações do Estado”, disse.

Ações
Ao bahia.ba, Rosana explica ainda que ações em diversas esferas são necessárias, desde as mais “práticas”, como instalação de detectores de metais para evitar a entrada de armas, como também acomppanhamento psicológico proporcionado pelas unidades escolares. Porque, segundo ela, detectores podem inibir a entrada de armas, mas não vai dar o suporte necessário para que o indivduo não se deixe levar pelo efeito manada.

“É preciso juma ação mais intensiva nas escolas com detector de metal, mas também acompanhamento psicológico e psicopedagógico, tanto para os alunos quanto para professores. Eu também sou professora eu já atuei ah na rede privada e na rede pública e já presenciei muitas situações semelhantes. O detector de metal minimiza a situação junto com o acompanhamento de um profissional especialista”.

Em um dia, quatro escolas de Salvador tiveram tumulto movitado por ameaças e suspeitas de ameaças

Na manhã desta quarta-feira (14), quatro escolas de Salvador registraram algum tipo de tumulto por causa de ameaças e falsas ameaças de massacre:

– Colégio Estadual Luiz José de Oliveira, em Cajazeiras: na manhã desta quinta um aluno entrou na escola com facas causando pânico na unidade. Em nota, a Secretaria de Educação confirmou o ocorrido, mas disse que não houve feridos. Já a Polícia Militar, disse que conduziou o jovem de 20 anos.Ele foi ouvido pela 13ª Delegacia Territorial (DT/Cajazeiras).

– Colégio Mauro Augusto Teixeira de Freitas, em Nazaré: A região ficou tomada de polícia e corre corre após supeita de tiros dentro da unidade. No entanto, a SEC esclareceu informando que foi “uma bomba de São João jogada dentro da unidade provocou temor entre estudantes“.

– Colégio Estadual Manoel Novaes, no Canela: diversos alunos foram filmados correndo e pulando a grade. No entanto, a SEC informou que o tumulto foi causado após “uma mãe entrar na unidade bastante abalada emocionalmente, com medo das ameaças que estão sendo divulgadas em todo o país, e gerou pânico entre os estudantes. Ela foi buscar o filho por precaução e acabou gerando pânico”.

– Colégio Estadual Vale dos Lagos: o despero também tomou c0nta da unidade após um forte barulho. A Secretaria de Educação esclareceu que o panico foi causado devido ao barulho do estouro de um carburador de um carro que estava na área externa da escola. “os estudantes entraram em pânico e um aluno se feriu ao tentar pular o muro da escola. O mesmo foi atendido pelo Serviço Móvel de Urgência (SAMU) e encaminhado para o hospital acompanhado por familiares”.

Governo e prefeitura realizam ações
Ao Bahia.ba, a Secretaria Estadual de Educação informou que está em regime de plantão permanente para coibir que “ameaças e brincadeiras de mau gosto comprometam o funcionamento das escolas e causem pânico na sociedade. Ao serem identificados, os supostos casos de ameaça são imediatamente comunicados pela Secretaria da Educação do Estado (SEC) à Secretaria de Segurança Pública (SSP), para que seja realizado o trabalho de inteligência e a identificação dos responsáveis”.

Segundo a SEC, equipes dos Departamentos de Inteligência, Polícia Metropolitana e Polícia do Interior atuam na prevenção e repressão de ataques, integrando a ação nacional Operação Escola Segura do Ministério da Justiça. Também foi intensificado o patrulhamento especializado da Ronda Escolar e das unidades ordinárias da PM da Bahia.

Já o prefeito de Salvador, Bruno Reis, anunciou nesta quinta-feira (13) uma série de medidas preventivas de segurança para as escolas municipais, como o início de uma ronda da Guarda Municipal nas escolas e a ampliação do videomonitoramento nas unidades de ensino, com o objetivo de garantir a proteção de estudantes e profissionais da Educação.

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