O estudo mostra que o número de democracias plenas no mundo caiu
Atos pró e contra o impeachment na Esplanada (Foto Juca Varella/Agência Brasil)
O Brasil tem uma democracia falha, mostra o relatório anual sobre democracia feito pelo instituto sueco V-Dem, ligado à Universidade de Gotemburgo. A pesquisa é considerada uma referencia na medição dos níveis de regimes políticos no mundo e os divide em quatro vertentes: democracias plenas, democracias falhas, autocracias eleitorais e ditaduras.
O mesmo estudo mostrou que os níveis globais de democracia caíram em 2022 para patamares mais baixos do que em 1986 e o número de Estados comandados por ditaduras se tornou maior do que o de democracias plenas pela primeira vez desde 1995.
Para classificar mais de 180 países nesses critérios, o instituto avalia itens como liberdade de imprensa, independência entre os poderes, repressão policial e integridade do sistema eleitoral, entre outros.
De acordo com o relatório, divulgado no mês passado, o número de democracias plenas no mundo caiu de um ápice de 44 em 2009 para 32 no ano passado. Já o número de ditaduras, que em 2012 estava em seu número mais baixo – 22 – em 2012, subiu para 33. Exemplos de democracias plenas citados pelo estudo são a França a Alemanha e os países nórdicos. As ditaduras incluem países como Nicarágua, China e Coreia do Norte.
Em termos populacionais, o levantamento mostra que 72% do planeta vive hoje em países não democráticos, sejam eles autocracias eleitorais ou ditaduras. Esse número é puxado pela China, uma ditadura comunista de 1,3 bilhão de pessoas, e sobretudo pela Índia, que se tornou recentemente o país mais populoso do mundo e tem vivido um declínio democrático sob o comando do primeiro-ministro Narendra Modi.
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