Desde que a Petrobras começou a vender as refinarias próprias, no ano passado, os compradores começaram a reclamar dos preços praticados pela companhia.
Por Jenne Andrade, E-investidor Estadão
A Petrobras (PETR4) entrou na mira do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A autoridade antitruste abriu um inquérito administrativo para apurar se a estatal está cobrando mais caro pelo petróleo vendido a refinarias privadas. A suspeita é que a petroleira esteja favorecendo as unidades próprias, segundo reportagem da Folha de S.Paulo.
Às 11h37desta terça-feira (06), os papéis da companhia na Bolsa caíam 5,25%, aos R$ 31,58. A desvalorização da ação acontece em linha com a queda do barril de petróleo no exterior. No mesmo horário, o Ibovespa recuava 2,24%, a 109.685 pontos.
De acordo com o jornal, desde que a Petrobras começou a vender as refinarias próprias, no ano passado, os compradores começaram a reclamar dos preços praticados pela companhia. Antes disso, não havia concorrência no refino de petróleo.
Diesel – A Petrobras trabalha com cenário em que há espaço para novas reduções no preço da gasolina no curto prazo. No caso do diesel, porém, as quedas são menos prováveis, dizem fontes com conhecimento do assunto. O presidente da Petrobras, Caio Paes de Andrade, e seus diretores planejariam, portanto, reduzir mais ainda os preços da gasolina aos distribuidores. O combustível já cedeu 19,2% no acumulado de quatro quedas desde meados de julho.
Esses novos ajustes, apurou o Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, devem continuar a respeitar critérios técnicos de alinhamento ao preço de paridade de importação (PPI), que acompanharam os recuos nas cotações internacionais do petróleo e de seus derivados.
A leitura é de que a gasolina tem estoques em reconstrução no mundo e cotações mais resilientes mesmo quando pressionadas, enquanto o diesel segue sob forte volatilidade. Segundo a Associação Brasileira de Importadores de Combustível (Abicom), o preço médio da gasolina da Petrobras estava 5%, ou R$ 0,17, acima do PPI, enquanto a o diesel estaria 2%, ou R$ 0,09, acima do preço de referência. Os dois combustíveis poderiam ser, em tese, ajustados para baixo.
Mas, no caso da gasolina, essa diferença positiva tem se mantido na maior parte dos dias desde a primeira quinzena de julho, enquanto o diesel tem oscilado mais. Em 25 de agosto, por exemplo, o diesel da Petrobras chegou a ficar 6%, ou R$ 0,34, abaixo do PPI, voltando à paridade no último dia do mês. Conteúdo: Tribuna
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