Cruzamento de dados com outros órgãos de fiscalização encontrou doadores mortos ou desempregados e doações 'coletivas' para um mesmo candidato
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Pouco mais de 59 mil potenciais irregularidades nas prestações de contas dos candidatos já foram encontradas pelo Tribunal Superior Eleitoral. O volume financeiro de doações e gastos declarados questionáveis chega a R$ 605 milhões, conforme a corte. Estas suspeitas são encaminhadas ao MP Eleitoral para serem investigados.
“Foram detectados, por exemplo, 190 casos de doadores desempregados e seis que constam como falecidos. Ainda despertou o interesse dos analistas 10.296 situações em que um mesmo candidato recebeu numerosas contribuições feitas por diferentes empregados de uma mesma empresa”, relatou o TSE, em nota.
Os dados da prestação de contas parcial finalizada no dia 13 deste mês foram cruzados com órgãos de fiscalização, como Tribunal de Contas da União (TCU), Receita Federal, Coaf, Ministério Público Eleitoral (MP Eleitoral) e a Polícia Federal. Novo cruzamento de dados será realizado após a entrega das prestações de contas relativas ao primeiro turno das eleições, que deve ocorrer até 2 de novembro.
Segundo o tribunal, são indícios de pagamentos irregulares quando o fornecedor é uma empresa com número reduzido de empregados ou tem pelo menos um dos sócios em programas sociais do governo. Ou quando a fornecedora foi constituída em 2022 e tem um dos sócios filiado a partido político, ou com algum parentesco com candidato ou vice.
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