O empresário Fritz Paixão quer ajudar o herói que salvou 50 pessoas no naufrágio no Pará
- Fotos: reprodução / Instagram
O empresárioConhecido por atos de solidariedade e empatia nas redes sociais, Fritz postou um vídeo indignado no Instagram pedindo que as pessoas o ajudem a encontrar o homem que salvou tanta gente e não foi valorizado por sua boa ação. Por Rinaldo de Oliveira / SNB
“Infelizmente não viralizou nas redes sociais. Você sabia que ele ainda resgatou 9 corpos, encontrou 5 mil reais, devolveu à polícia, perdeu todo o material de pesca e ainda recusou PIX de uma das mães das crianças que ele resgatou?”, questionou Fritz no vídeo.
O empresário quer encontrar o herói para ressarcir os prejuízos que ele teve: “Estou usando meu Instagram para dar valor à atitude desse cara, que eu estou em busca para tentar reaver tudo que ele perdeu durante esse ato heroico”.
Pescadores evitaram tragédia maior
O naufrágio aconteceu na Baía de Marajó, no Pará e matou 22 pessoas. Os pescadores tiveram papel fundamental para evitar uma tragédia ainda maior.
Foram eles que ajudaram a resgatar boa parte dos 66 sobreviventes, e também corpos e pertences das vítimas.
A mãe de uma das crianças resgatadas quis dar uma recompensa para o os pescadores, que perderam parte de seu material de trabalho.
Mas eles não aceitaram: ‘Eu falei que não, que dinheiro nenhum paga a vida de ninguém’.
Heróis anônimos e honestos
José Cardoso Lemos, o Zezinho, e o irmão dele, José foram alguns desses heróis anônimos. Ele contaram o que acharam nas águas uma bolsa com R$ 5 mil, e entregaram à polícia.
“Nós achamos sandália, mochila, carteira com documentação, dinheiro… Achamos uma bolsa que estava com R$ 5 mil, que a gente devolveu para o delegado. Uns falaram para mim: eu não tinha devolvido, porque já tinha morrido e você perdeu seu material. Eu disse: a minha consciência que vale com Deus lá em cima. Meu material estava todo na água, mas aquele monte de vida que estava ali vale mais que o meu material”, disse Zezinho em entrevista ao Profissão Repórter.
Quando viram o naufrágio
O barco naufragou na quinta-feira (8). Zezinho e os familiares estavam saindo para buscar as redes de pesca que deixaram na água quando encontraram as pessoas boiando.
O pai de Zezinho também é pescador e usou o próprio barco para salvar 16 pessoas com vida e ainda tirou dois corpos da água.
“O momento mais difícil foi a gente querer salvar tanta gente e não podia, né? O barco é pequeno, vinha tanta gente sentando… Não tinha como. À noite eu nem dormi com trauma”, relembrou José Learte Lemos.
Responsável preso
O homem apontado pela Polícia Civil como responsável pela embarcação que naufragou no Pará foi preso na última terça-feira (13) em Ananindeua, região metropolitana de Belém. Leia mais no sonoticiaboa
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