A Coligação Brasil da Esperança, do candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva, enviou pedido de providências ao Tribunal Superior Eleitoral para apurar por que a plataforma YouTube privilegia conteúdos favoráveis a Jair Bolsonaro, sobretudo aqueles produzidos pela Rede Jovem Pan de Comunicação.
No pedido, os advogados da campanha do petista afirmam que o estudo mostrou que em mais de 50% das visitas de novos usuários ao YouTube os canais da Jovem Pan foram identificados na primeira página de vídeos apresentados. Os efeitos dessa indicação inicial ainda se desdobram no que os pesquisadores chamam de “ciclo de retroalimentação autorreferenciado“, que reforça ainda mais as recomendações da plataforma. Mais de 70% dos usuários do YouTube consomem conteúdo a partir dessas sugestões.
Contudo, a campanha do petista esquece que as mídias sociais, especialmente o YouTube expõem mais os vídeos com maior visualização e as lives ou entrevistas do presidente em pod cast batem recordes, e a rede social vive de acesso, quais mais maior número de propaganda.
Os advogados também lembram que a Justiça Eleitoral e as plataformas digitais assinaram memorando de entendimento no início deste ano com o objetivo de combater a desinformação, e as empresas se comprometeram a dar amplo acesso a “informações produzidas por fontes confiáveis“.
“O privilégio concedido aos conteúdos da Rede Jovem Pan podem violar esse acordo, bem como o princípio da neutralidade das redes, previsto no Marco Civil da Internet“, diz trecho da inicial.
A coligação pede ao TSE que o Google seja provocado a se manifestar sobre os dados levantados pelo estudo da UFRJ e que informe quais medidas adotará para corrigir a irregularidade apontada.
Violência política
A campanha de Lula também apresentou pedido de providências ao TSE sobre o crescente aumento da violência política no país. A coligação pede a criação de um canal direto, no site do TSE, para que denúncias de casos do gênero sejam recebidas.
Os advogados da campanha de Lula atribuem os episódios crescentes de violência política no Brasil a uma estratégia organizada, liderada pelo presidente Jair Bolsonaro, que busca acirrar a divisão da população. Fonte: Conjur
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