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sábado, 24 de setembro de 2022

Leo Pericles aponta racismo na ausência de negros em debates: Não podemos ficar calados

"Mais um debate vai acontecer. Mais uma vez as candidaturas negras não estarão presentes"
Foto: Divulgação/Unidade Popular
O candidato a presidente da República, Leo Pericles (UP), percorreu, nesta sexta-feira(23), às ruas de Mauá, município da Região Metropolitana de São Paulo para realizar a convocação dos apoiadores para uma marcha em protesto pela sua não participação nos debates televisionados entre os concorrentes no pleito eleitoral. Ele e Vera, do PSTU, são os únicos negros na disputa pelo mais alto cargo do país e classifica como racista e antidemocrática a realização de debates apenas com pessoas brancas.

“Mais um debate vai acontecer. Mais uma vez as candidaturas negras não estarão presentes. Não podemos ficar calados diante dessa injustiça”, criticou o candidato.

A marcha, também convocada pelas redes sociais, vai ocorrer neste sábado (24). Os apoiadores irão se concentrar às 14h na escadaria do Teatro Municipal de São Paulo.

Hoje às 18h15 acontece um debate organizado por um grupo de veículos de imprensa, entre eles as emissoras SBT e CNN. Foram convidados os candidatos Lula (PT), Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), Soraya Thronicke (União Brasil), Felipe D’Avila (Novo) e Padre Kelmon (PTB). Os sete pertencem a partidos que têm pelo menos cinco deputados federais e devem ser obrigatoriamente chamados conforme as regras vigentes fixadas pela Lei Federal 13.488/2021, conhecida como minirreforma eleitoral. O convite aos demais é facultativo.

Leo Pericles tem ratificado suas críticas de forma reiterada nas redes sociais. “Chega de racismo! Somos a maioria da sociedade brasileira. Somos o país mais negro fora do continente africano. Mesmo assim não há um candidato negro nos debates entre os presidenciáveis”, escreveu.

Há dois dias, ele abordou o assunto evocando a memória de Minervino Oliveira, que disputou as eleições presidenciais de 1930 pelo Bloco Operário e Camponês (BOC). “Tem 92 anos que teve um último homem negro, trabalhador, morador de periferia, candidato à presidência da República”, disse.

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