por Folhapress**Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil
O pré-candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, afirmou que existe a possibilidade de privatizar a Petrobras, se eleito em outubro, apesar de ser "pessoalmente contra" a ideia.
"Se não tiver uma solução, eu sugiro a privatização da Petrobras. Acaba com esse monopólio estatal. Se não tiver solução, tem que privatizar", disse em entrevista ao Central das Eleições, programa da GloboNews, nesta sexta (3).
"Eu entendo que a Petrobras é estratégica. Por isso eu não gostaria de privatizá-la, esse é o sentimento meu. Então é o recado que eu dou para o pessoal da Petrobras: vamos ajudar a buscar uma solução."
Bolsonaro também afirmou que acha estratégico manter o Banco do Brasil e a Caixa como estatais, sinalizando que não pretende privatizá-los. Sobre os Correios, o presidenciável afirmou que a estatal "lamentavelmente não tem jeito".
Dizendo que nos governos do PT foram criadas estatais sem necessidade, Bolsonaro também afirmou que a solução não é privatizar, e sim extinguir. "Porque ninguém vai querer comprar", afirmou o candidato sobre Empresa Brasil de Comunicação. "Até a nossa TV oficial, quem é que está lá? Basicamente, 'companheiros' da imprensa gastando um bilhão de reais por ano."
Bolsonaro também afirmou que está "cumprindo uma missão de Deus", ao se candidatar à Presidência e que terá alguém do seu partido como vice. "Meu vice vai ser do PSL, chapa pura. Ou a senhora Janaína Paschoal ou o príncipe [Luiz Philippe de Orléans e Bragança]. O que está faltando é que eu estou conversando com a Janaína e ela apresenta alguns problemas familiares, ela tem dois filhos", disse.
Coautora do pedido de impeachment de Dilma Rousseff em 2016, Paschoal chegou a sentar ao lado do presidenciável durante convenção do PSL. Mas, ao discursar, irritou Bolsonaro e seus aliados com uma fala pedindo moderação e criticando apoio cego ao deputado.
Já o príncipe é o fundador do movimento antipetista Acorda Brasil, em 2014, e não está na linha de sucessão direta do trono abolido em 1889.
Bolsonaro aparece com 16% das intenções de voto no estado de São Paulo, num cenário sem Lula, de acordo com pesquisa Ibope divulgada pela TV Bandeirantes. De acordo com o instituto, ele está tecnicamente empatado com o tucano Geraldo Alckmin, que tem 19%.
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