Por Robson Pires
O seu debates para os candidatos são bons para as emissoras. Para os eleitores, não. Na forma que têm, agravada pelo ambiente ácido da política primária, o que está chamado de debate difere pouco das discussões de botequim.
A utilidade dessas exibições estaria na oferta de informações, sobre os propósitos de cada candidato, para a comparação do eleitor entre as várias possibilidades do seu voto. Na modalidade que adotaram, para o eleitor os debates não passam de diversão. É o que suas exibições preliminares nos advertem para os que vêm.
Todo candidato sabe que seu preparo não está na organização das propostas e argumentos, mas na pesquisa e memorização do que sirva para ferir cada adversário. Como complemento, treina sua linha de defesa aos ataques que receberá nos seus pontos tidos como vulneráveis. Ideias, se as tiver, guardam-se para momentos improváveis ou, na melhor hipótese, para frases fugidias.
O que a televisão transmite não é debate, é uma rinha com transmissão ao vivo, tão útil para os eleitores quanto briga de galos.
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