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quarta-feira, 17 de maio de 2023

Bolsonaro tensionava para que contas fossem pagas ‘na boca do caixa’, diz Cid antes ser preso

Cid revelou que Bolsonaro era contra o uso de cartão de crédito, e queria que todas as contas fossem pagas na boca do caixa
Foto: Allan Santos/Presidência
O uso de cartões de crédito para fazer compras e de caixas eletrônicos para pagar contas era uma orientação do presidente Jair Bolsonaro (PL), segundo relatos de um de seus mais próximos assessores na Presidência da República – o ajudante de ordens Mauro Cid, tenente-coronel do Exército.

Cid foi preso no início de maio sob suspeita de participação em um esquema de fraude em comprovantes de vacinação contra a Covid dele e de Bolsonaro. A descoberta foi feita a partir da quebra de sigilo do ex ajudante de ordens no inquérito sobre um outro assunto – o vazamento de dados de uma investigação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de acordo com publicação do G1.

Essa quebra de sigilo revelou também conversas em que o ex-assessor relata pagamentos em dinheiro vivo de despesas da ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e parentes. Essa prática, segundo a Polícia Federal, dificulta a identificação de quem enviou o dinheiro, que viu indício de desvio de dinheiro público no caso.

Numa conversa em março – cerca de dois meses antes de ser preso –, entretanto, Mauro Cid revelou nos bastidores a interlocutores que Bolsonaro era contra o uso de cartão de crédito, e que queria que todas as contas fossem pagas na boca do caixa “para não ter problema”.

Esse costume, na versão de Cid, teria levado o ex-presidente a chegar ao fim do mandato sem dinheiro no banco para “comprar uma casa” – em 2022, Bolsonaro declarou ao Tribunal Superior Eleitoral ter cerca de R$ 900 mil em contas correntes e poupanças.

O ex-assessor relata que tinha conhecimento sobre a rotina nas contas do ex-presidente, tirando extratos semanais para, alegava, checar se não havia ocorrido algum depósito não solicitado que pudesse causar problemas para Bolsonaro.

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