Segundo a CCEE, as novas operações poderão contribuir na redução de encargos nas tarifas dos consumidores de energia
Foto:Marcos Santos / Fotos Públicas
O Brasil vai começar a exportar energia elétrica para Argentina e Uruguai sob um novo mecanismo, lançado nesta segunda-feira (10), com transações comerciais de energia extra, produzida quando há vertimento nos reservatórios de usinas hidrelétricas. As informações são da Reuters.
A modalidade permite negociação diária de Energia Vertida Turbinável (EVT) – ou seja, a energia produzida por hidrelétricas que estão com água em excesso em seus reservatórios.
A energia disponibilizada para exportação é classificada como excedente, já que, pois se não fosse exportada, não poderia servir ao atendimento de consumidores do Sistema Interligado Nacional (SIN), nem ser armazenada, por conta dos reservatórios cheios.
Implementado após portaria do mês passado do Ministério de Minas e Energia, a modalidade substituiu o modelo de troca de energia, no qual não há monetização dos volumes exportados.
De acordo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), as novas operações poderão contribuir na redução de encargos nas tarifas dos consumidores de energia.
Os recursos arrecadados com as transações serão direcionados para o Mecanismo de Realocação de Energia (MRE), espécie de “condomínio” das usinas hidrelétricas, em que bônus e ônus da geração são repartidos entre os participantes.
Com isso, a nova modalidade pode permitir abatimento nos custos operacionais das hidrelétricas participantes e consequentemente, a médio prazo, redução nos encargos arrecadados na tarifa dos consumidores, disse a CCEE.
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