por Redação Bahia Noticias / Foto: Reprodução / Rafaela Felicciano/Metrópoles
A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta terça-feira (18), a Operação Livre Fluxo, para investigar crimes contra a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Policiais federais cumprem cinco mandados de busca e apreensão em Brasília e São Paulo.
As investigações começaram a partir de informações encaminhadas pela Subsecretaria de Conformidade e Integridade do Ministério da Infraestrutura, segundo a PF. A corporação apura atos de corrupção praticados por um servidor de cargo efetivo da ANTT, além de condutas atribuídas a ex-ocupantes de cargos em comissão da autarquia federal.
O cumprimento das ordens judiciais visa reforçar as informações de dois inquéritos em curso na superintendência da PF em Brasília, segundo publicação do Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias. A primeira investigação apura pedidos de vantagens indevidas por parte de um servidor da ANTT, ocupante do cargo de técnico em regulação de serviços de transporte terrestres. As ações teriam ocorrido, especialmente, no período em que o investigado exerceu a função de superintendente de passageiros da agência.
Em uma das ocasiões, para atender a interesses de empresas do setor de transporte interestadual de passageiros, o servidor cobrou pagamento de R$ 24 mil a empresários. Há indícios de que os valores dos pedidos consideravam, inclusive, o grau de lucratividade das linhas de ônibus que demandavam registro da ANTT.
Além do pagamento de vantagens indevidas ao investigado, que ocupava cargo efetivo na ANTT, o segundo inquérito apura atos praticados por ex-servidores comissionados da autarquia. Há indícios de que eles continuavam a ter acesso a informações internas da agência e as usavam em benefício de interesses privados.
A PF apurou, ainda, que uma das investigadas, mesmo após o término do vínculo com a ANTT, continuou a frequentar espaços físicos e ingressar nos sistemas da agência por cerca de um ano. A polícia identificou 17.989 acessos indevidos.
Outras denúncias revelam que os envolvidos, em diversas ocasiões, teriam interferido em processos que tramitavam na ANTT para beneficiar determinadas empresas. Em contrapartida, teriam recebido veículos e outros bens como forma de pagamento da “propina”.
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