Apoiadores de Jair Bolsonaro nas eleições deste ano, líderes evangélicos de diferentes denominações já caminharam com Lula em outras corridas presidenciais. A informação é da coluna de Guilherme Amado, do portal Metrópoles. Foto: Divulgação
Fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, Edir Macedo chegou a criticar o pastor da Assembleia de Deus Silas Malafaia, em 2006, por não apoiar a petista Dilma Rousseff, indicada por Lula para ser sua sucessora:
"Para justificar que não apoiaria a candidata Dilma, o pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, acusou o PT de ser a favor do aborto e apoiar o casamento de homossexuais. Pronto, o caminho estava aberto para, sabe-se lá com que interesse, apoiar o candidato (José) Serra (então presidenciável do PSDB)", atacou Macedo.
O próprio Malafaia, que protagonizou atritos com Macedo, já apoiou Lula na corrida ao Planalto por mais de uma vez. “Em 2002 e 2006, apoiei Lula”, reconheceu em postagem numa rede social. Não poderia ser diferente: uma foto em que aparece de mãos dadas com o petista não daria margem para que dissesse o contrário.
Da Assembleia de Deus de Madureira, o pastor Manoel Ferreira afirmou em 2006 que sua igreja apoiava Lula devido às políticas públicas desenvolvidas para as classes sociais mais baixas. A “razão maior” do apoio da Assembléia de Deus a Lula, disse Ferreira, é o fato de o governo ser o “que tem dado comida ao maior número de pobres”.
Em 2002, Bispo Rodrigues, integrante da igreja de Edir Macedo, trabalhou arduamente por Lula. “Todos pelo Lula era difícil, e o meu temor era que fossem todos para o Serra”, disse, após conseguir apoios religiosos para o petista. Atualmente, a Igreja Universal do Reino de Deus é uma das principais apoiadoras de Bolsonaro no segmento evangélico.
Um dos maiores símbolos da mudança de lado é o bispo Marcelo Crivella, da Universal. Sobrinho de Macedo, ele chegou a ser ministro da Pesca de Dilma Rousseff e, em 2013, deu a seguinte declaração: “Lula e Dilma ajudam os pobres, que dão mais dízimo”.
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