O presidente da Câmara afirmou que ‘não há nada nesse sentido’ ao comentar proposta de mudança no Supremo, defendida por Bolsonaro
Foto: Divulgação / Câmara dos Deputados
Após o presidente Jair Bolsonaro (PL) admitir a possibilidade de ampliar o número de ministros no Supremo Tribunal Federal (STF) e afirmar que o tema está em discussão no Congresso, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), descartou a medida.
Em entrevista à coluna Radar, na revista Veja, o parlamentar, que é aliado de Bolsonaro, afirmou que “não há nada nesse sentido a não ser fumaça produzida pra não se discutir o Brasil”.
Em conversa com jornalistas após o primeiro turno, o presidente condicionou a manutenção da Corte ao posicionamento amigável de ministros. “Se eu for reeleito, e o Supremo baixar um pouco a temperatura, já temos duas pessoas garantidas lá, tem mais gente que é simpática à gente, mas já temos duas pessoas garantidas lá, que são pessoas que não dão voto com sangue nos olhos, tem mais duas vagas para o ano que vem, talvez você descarte essa sugestão”, disse o mandatário, citando os indicados por ele, Kassio Nunes Marques e André Mendonça, como “simpáticos” ao seu governo e lembrando que o próximo presidente terá mais duas indicações após a aposentadoria dos ministros Rosa Weber e Ricardo Lewandowski.
“Se não for possível descartar, você vê como é que fica. Você tem que conversar com o Senado também a aprovação de nomes. Você tem que conversar com as duas Casas a tramitação de uma proposta nesse sentido. E está na cara que muita gente do Supremo vai para dentro da Câmara e do Senado contrária, porque se você aumenta o número de ministros do Supremo, você pulveriza o poder deles. Eles passam a ter menos poder e lógico que não querem isso”, acrescentou.
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