Profissão Repórter desta terça-feira (4) fez alerta sobre a substância, cujo nome varia muito – K2, K4, K9, Spice, Space – e que vem trazendo muito sofrimento para as famílias.
Foto: Profissão Repórter
O consumo de uma droga sintética se espalha pelas ruas das grandes cidades do país e, nesta terça-feira (4), o Profissão Repórter fez um alerta sobre essa substância, cujo nome varia muito – K2, K4, K9, Spice, Space – e que vem trazendo muito sofrimento para as famílias. Conteúdo G1 / Profissão Repórter
Por 20 dias, a repórter Danielle Zampollo conversou com adolescentes no vão livre do Masp e também na Praça da Sé e acompanhou a situação em que eles vivem. Ao visitar a Divisão de Capturas da Polícia Civil de São Paulo, ela também mostrou o desespero de mães que não sabem mais o que fazer.
Uma delas, desesperada, mandou uma carta pedindo ajuda. Mãe de cinco filhos, Regina Aparecida enfrenta o vício do filho de 22 anos e também do ex-companheiro que ainda mora com ela.
“O K2 veio pra devastar o mundo. Eu me sinto cada vez mais fraca, cada vez mais cansada dessa situação. Eu vejo eles se acabando e eu estou me acabando também”, lamenta Regina, que sustenta a casa com o dinheiro que recebe da aposentadoria.
A outra mãe ouvida pela nossa reportagem, que não quis se identificar, contou que já foi roubada pelo próprio filho mais de uma vez. Para usar a droga, muitos jovens estão entrando no crime.
“Celular ele já roubou dois meus. Para mim, se ele for preso, vai ser um alívio. Menos dor de cabeça. Porque ele sai pra rua pra fazer m* para conseguir o dinheiro do K2, e eu não sei se vai voltar. Pelo menos lá dentro a gente sabe que ele tá guardado”, afirma.
Já o repórter Guilherme Belarmino e a repórter cinematográfica Gabi Vilaça foram ao Laboratório de Entorpecentes do Instituto de Criminalística de São Paulo para mostrar a complexidade dos testes que tentam identificar os canabinóides sintéticos que estão nas drogas chamadas de K.
Ao contrário do que acontece com maconha e cocaína, a análise de moléculas de drogas sintéticas exige equipamentos que custam milhões de reais e, para dificultar o trabalho da polícia e enganar os peritos, os traficantes sempre desenvolvem novas substâncias, o que exige uma constante atualização por parte das autoridades.
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