Valeria Perasso**Do Serviço Mundial da BBC**E.Hambach/Getty Images
Marcha antiaborto em 2018; conservadorismo na Casa Branca deu impulso a ativistas
Dez mulheres andam por um corredor lotado e iluminado com uma luz fluorescente. Nuas da cintura para baixo, elas usam enormes lençóis brancos amarrados sobre os quadris, enquanto se dirigem à "sala de relaxamento", um quarto sem janela equipado com grandes sofás e uma TV. Elas aguardarão ali a sua vez de realizar um aborto.
Estamos no Hope Medical Group, uma pequena clínica de aborto em Shreveport, Louisiana (sul dos EUA), que atende uma ampla região rural do Estado e dos vizinhos Texas, Arkansas e Mississippi. Trinta mulheres haviam agendado abortos no dia da visita da reportagem da BBC, e apenas uma delas faltou.
"Achou lotado? Espere para ver como são os sábados", diz Kathaleen Pittman, 60 anos, administradora da clínica.
Pittman conta que tem dificuldades em dormir à noite, mas não por culpa. "De jeito nenhum. É porque fico preocupada em como podemos cuidar de nossas pacientes com todas essas novas regras que estão tentando impor", diz.
Clínicas como a Hope enfrentam forte oposição do governo conservador de Donald Trump. Meses atrás, a Casa Branca anunciou uma proposta de cortar o financiamento federal de organizações que ofereçam ou discutam o aborto com suas pacientes. Leia tudo em https://noticias.bol.uol.com.br
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