por Bianca Andrade / Gabriel Lopes / Rebeca Menezes/BN
Foto: Reprodução / Instagram
Para o presidente Jair Bolsonaro, o incentivo de Ivete Sangalo ao protesto feito pelo público durante seu show em Natal no final de 2021 (veja aqui), foi motivado pela falta de apoio por parte do governo por meio da Lei Rouanet (assista aqui).
No entanto, dados do Portal de Visualização do Sistema de Apoio às Leis de Incentivo à Cultura, mostra que a única vez que o nome da baiana esteve relacionado a um pedido via lei de incentivo cultural aconteceu anos antes de Bolsonaro assumir o poder.
Segundo o site, a Mina Produções e Eventos fez uma proposta de R$ 1.594.850,00 para a realização do show em que Orquestra Juvenil da Bahia e Ivete Sangalo interpretaram Gil & Caetano, um evento beneficente em prol do Hospital Martagão Gesteira realizado em 2015 na Arena Fonte Nova (saiba mais aqui).
A verba indicada no projeto era de R$ 1.301.725,00 para a realização, porém a plataforma indica que a situação da proposta foi indeferida:
"Projeto arquivado, uma vez que foi realizado antes da publicação da portaria que autoriza a captação de recursos. 23/12/2015".
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Em busca pelo CNPJ da IESSI Music Entertainment, empresa fundada por Ivete Sangalo que cuida dos eventos e projetos relacionados à baiana, não há nenhum indicativo da artista como proponente.
Ivete Sangalo ainda é citada em um outro projeto, o longa-metragem ficcional de animação 'Ivete Sangalo e a Maquina de Cronos'. Neste, apenas o nome da artista aparece no título, o que indica que foi uma obra baseada na história da baiana.
Submetido em 2017, fora do governo Bolsonaro, o projeto de Bruno Cardoso Santoro foi arquivado sem informações sobre valor da proposta, objetivo do longa, justificativa, ficha técnica e outros tópicos necessários para a avaliação do pedido.
Segundo o autor, a ideia era mostrar uma aventura através do tempo da personagem de Ivete para dois dos momentos mais importantes da música brasileira, o surgimento da MPB e da Jovem Guarda.