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segunda-feira, 5 de junho de 2023

Diretor do MEC investigado em esquema de kits de robótica é exonerado

Moreira é apontado como aliado do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e foi afastado logo após a PF deflagrar a investigação
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Alexsander Moreira, um dos alvos da PF na operação que investiga fraudes e lavagem de dinheiro na venda de kits robótica para escolas em Alagoas, foi exonerado do governo Lula, nesta segunda-feira (5).

Moreira era diretor de Apoio à Gestão Educacional da Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC). O setor é responsável por avaliar o cumprimento de metas do PNE (Plano Nacional de Educação) pelos municípios e recomendar o repasse de verbas.

A exoneração foi publicada na edição desta segunda-feira do Diário Oficial da União (DOU), mas a decisão é válida desde 1º de junho, conforme a Folha de S.Paulo. A portaria é assinada pelo ministro Rui Costa, da Casa Civil.

Moreira é apontado como aliado do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e foi afastado logo após a PF deflagrar a investigação.

Moreira é alvo de investigação de desvio de dinheiro do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Entre 2019 e 2022, licitações de kits robótica foram feitas para 43 municípios em Alagoas com dinheiro do FNDE, ligado ao MEC.

No governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), período das investigações, atuou como coordenador de redes de infraestrutura educacional, enquanto no governo Lula, como diretor de Gestão Educacional.

Segundo a PF, as contratações teriam sido ilegalmente direcionadas à Megalic, empresa fornecedora dos equipamentos de robótica para as prefeituras do estado de Alagoas.

Moreira teve R$ 737 mil em movimentações financeiras consideradas suspeitas. Parte dessas movimentações são depósitos em dinheiro vivo em suas contas, realizados entre outubro de 2021 e novembro de 2022.

Alexsander recebeu três depósitos que chamaram a atenção da PF. O autor dos pagamentos foi um homem cuja empresa foi representada por Edmundo Catunda, sócio da Megalic.

Há mais uma conexão de Moreira com a investigação. O diretor afastado do MEC trabalhou durante dois anos na Pete, a fornecedora dos equipamentos robóticos da Megalic.

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