Ministra do Planejamento aponta que os dados macroeconômicos do país não justificam mais a taxa Selic em 13,75%
Foto: José Cruz/ Agência Brasil
A ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), fez declarações em São Paulo, nesta sexta-feira (30), afirmando que não existem fundamentos econômicos para manter a atual taxa de juros no Brasil, que se encontra em 13,75%. Essa questão tem sido frequentemente alvo de críticas por parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, responsável por definir o valor da taxa.
“Não tem nenhum cenário negativo para que não haja a queda robusta da taxa de juros no Brasil já a partir de agosto”, afirmou Tebet.
De acordo com a ministra, os indicadores econômicos do Brasil têm fornecido respostas suficientes para permitir uma redução rápida da taxa de juros até o final do ano.
“Tudo está depondo a favor da queda de juros e de uma queda acentuada. Você pode utilizar qualquer dado macroeconômico, inflação em queda, o PIB do Brasil com crescimento muito acima do esperado. Falavam em 0,7% de crescimento do PIB no final do ano, nós já estamos falando em 2,1%, 2,3%, ou seja, três vezes de crescimento”, enumerou a ministra.
Na quinta-feira (28), Campos Neto declarou que a maioria dos membros do Comitê de Política Monetária (Copom), composto por ele e pelos diretores do Banco Central, deixou a possibilidade de um corte de juros em aberto para a próxima reunião, que ocorrerá no início de agosto.
O presidente do BC ressaltou que, embora tenha sido feita uma sinalização sobre o que pode ocorrer em agosto, isso não implica necessariamente que será concretizado. Ele enfatizou que as decisões referentes à taxa de juros são tomadas exclusivamente durante as reuniões do Copom, com base em indicadores econômicos, tais como inflação e capacidade de crescimento econômico.
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