‘Se vira, entrem com o celular no sutiã, que seja, vai filmar, se não, rua’, diz o empresário do oeste baiano em áudio que circula nas redes sociais
Foto: Reprodução / Instagram
Flagrado forçando funcionários a colocar o “celular no sutiã” e filmar voto no presidente Jair Bolsonaro (PL) no primeiro turno das eleições, o empresário Adelar Elói Lutz alegou que o áudio que circula nas redes era uma “brincadeira”.
“Mandei essa coisa (áudio) para várias pessoas, mas não sei como foi para em outros lugares. Jamais ia fazer isso [demitir alguém]”, disse o empresário gaúcho do setor do agronegócio, que vive há 30 anos em Formosa do Rio Preto, no oeste baiano.
No áudio, o ruralista relata ameaças aos empregados para que votem em seu candidato. “Tinham cinco [funcionários que não concordavam], dois voltaram atrás. Das outras 10 que estavam ajudando na rua, todos tiveram que provar, filmaram nas eleições. Se vira, entrem com o celular no sutiã, que seja, vai filmar, se não, rua”, diz trecho da fala do empresário bolsonarista.
“Filmaram e provaram que votaram. Duas não queriam e estão para fora, hoje já estão falando ‘eu vou votar no Bolsonaro agora’. Então vota, primeiro prova, que nós contratamos de novo”, pressionou Elói.
A suspeita de assédio eleitoral é investigada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), que instaurou inquérito na segunda-feira (17).
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