Justiça autoriza soltura de suposto mandante de assassinatos de Dom e Bruno

Suspeito deve pagar fiança de R$ 15 mil e não poderá sair do Brasil

Foto: Superintendência da PF no Amazonas

Suspeito de ser mandante dos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, na reserva indígena Vale do Javari, em junho deste ano, o colombiano Ruben Dario da Silva Villar teve a soltura autorizada pela Justiça federal do Amazonas.

De acordo com informações do portal Metrópoles, “Colômbia” deverá pagar fiança no valor de R$ 15 mil, além de usar tornozeleira eletrônica e entregar o passaporte à Polícia Federal para poder deixar a cadeira.

De acordo com a decisão do juiz Fabiano Verli, o suspeito também está proibido de deixar o Brasil, devendo permanecer em prisão domiciliar por tempo integral, em Manaus. Villar deverá ainda comparecer à sede da Justiça Federal mensalmente.

Preso no dia 7 de julho em Tabatinga, Colômbia compareceu de forma espontânea para prestar esclarecimentos sobre denúncias de que ele estaria ligado às mortes de Dom e Bruno. Na ocasião, entretanto, ele apresentou documentos falsos e acabou chamando a atenção da polícia.

Segundo a publicação, a defesa do suspeito pediu liberdade provisória sob argumento de que Ruben Dario tem residência na cidade em que foi preso, além de trabalho lícito. Os advogados alegaram ainda não haver justificativa para a prisão.

O Ministério Público Federal se manifestou contrário, afirmando se tratar de um homem perigoso, que responde a acusação de associação criminosa e tem múltiplos documentos de documentação, tendo, portanto, potencial de fuga.

Ao analisar o caso, o juiz avaliou que a “prisão deve ser a exceção” e afirmou que as autoridades já têm em mãos documentos do suspeito “por onde se começar uma busca em caso de fuga”. O magistrado argumentou ainda que o fato dele ser alvo de investigação e ter nacionalidade estrangeira não podem ser apontados como motivo para eventual fuga.