A Mãe de Santo Dalzira acaba de se tornar doutora e quebrou paradigmas
- Foto: Kraw Penas/SEEC-PR
Uma idosa, mineira e Mãe de Santo, quebra paradigmas e acaba de se tornar doutora aos 81 anos. Dona Dalzira Maria Aparecida defende uma educação pública sem preconceitos, pelo que sofreu no passado por ter a pele preta.
Conhecida no candomblé como Yalorixá Iyagunã Dalzira, ela defendeu sua tese de doutorado na Universidade Federal do Paraná (UFPR) com o tema: “Professoras negras: gênero, raça, religiões de matriz africana e neopentecostais na educação pública”.
Com a dissertação, Dalzira espera contribuir para a construção de um mundo melhor, com menos ódio, violência e mais amor. “Sempre seremos negros, mas que não sejamos odiados por sermos negros”, declarou Dalzira ao portal Carta Capital. Por Rinaldo de Oliveira / SNB
Racismo e resistência
Dalzira foi criada em uma comunidade similar a um quilombo, viveu uma infância sem preconceitos e se tornou uma figura importante do movimento negro no Paraná como protetora das tradições africanas e da religiosidade de matriz africana no Brasil.
Somente na adolescência dona Dalzira conheceu o racismo, quando foi com uma amiga branca a um convento perguntar se poderiam se tornar freiras.
A religiosa que as recebeu disse que poderia aceitar apenas a amiga, porque ela tinha a pele escura demais.
Na década de 1950, com 27 anos, Dalzira mudou-se para Curitiba com sua família, onde participou de um movimento ligado à igreja católica em defesa da população negra, que mais tarde se tornaria o Grupo União e Consciência Negra.
Começou a estudar
Aos 47 anos, ela começou a estudar no EJA, programa Educação de Jovens e Adultos.
Aos 63 iniciou o curso de Relações Internacionais. Leia tudo no sonoticiaboa
Nenhum comentário:
Postar um comentário