por Cristiane Gercina | Folhapress
Os funcionários de bancos públicos e privados poderão ter um reajuste salarial de 1,18% acima da inflação, segundo informações do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
A entidade afirma que, no sábado, dia 25, a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) apresentou nova proposta à categoria, que garante aumento total de 5% nos salários.
Ao todo, empregados e patrões tiveram dez rodadas de negociação. A primeira proposta dos bancos era de só repor a inflação. O que foi rejeitado logo na mesa de negociação e, depois, em assembleias da categoria.
Na segunda proposta, houve oferecimento de reajuste de 0,5% acima da inflação, o que também não foi aceito pelos trabalhadores, que chegaram a fazer protestos em todo o país, no dia 16 de agosto, marcado pelas centrais sindicais como "Dia do Basta".
Com a última proposta, a intenção é que se chegue a um consenso para evitar uma possível greve. Assembleias para uma decisão final estão marcadas para quarta-feira, dia 29 de agosto.
Ivone Silva, presidente do sindicato e uma das coordenadoras do comando nacional, avaliou como positiva a nova proposta. "Foram dez rodadas de negociação em que a Fenaban ou não apresentava nada ou apresentou propostas inaceitáveis, com alteração ou exclusão de cláusulas da CCT [Convenção Coletiva de Trabalho]. Mas a categoria bancária, mais uma vez, mostrou sua força, tanto na mesa com os bancos quanto nas mobilizações que promovemos, com paralisações de agências e centros administrativos em todo o país. E conseguimos arrancar uma proposta que, além de manter nossas conquistas históricas, avança com novas, e prevê aumento real maior do que o de 0,5% proposto por eles anteriormente", disse.
ALGUNS PONTOS QUE ESTÃO NA NEGOCIAÇÃO
- Aumento real
- Parcelamento do adiantamento de férias em três vezes, a pedido do empregado
- Manutenção de todos os direitos da convenção ao hipersuficiente (quem ganha a partir de R$ 11.291,60)
- Proibição da divulgação de ranking individual, prevista na cláusula 37ª da convenção, conquistada pela categoria como forma de reduzir a pressão por metas
- Desconto do vale-transporte no salário-base volta a ser de 4%
- Horário de almoço poderá ser flexibilizado: quem tem jornada de 6 horas e tiver de fazer hora extra, terá intervalo de almoço de 30 minutos, e não de 1 hora como determina a lei
- Manutenção do vale-cultura (cláusula 69).
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