Por Paulo Eduardo Dias | Folhapress
Foto: Reprodução
A Justiça decretou a prisão preventiva do homem negro que teve os pés e as mãos amarrados por cordas por policiais militares após suposto furto a um mercado na Vila Mariana, na zona sul de São Paulo.
Segundo o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), o suspeito de 32 anos passou por audiência de custódia na segunda (5) e teve a prisão em flagrante convertida para preventiva -ou seja, sem prazo definido.
Conforme versão dos PMs registrada em boletim de ocorrência, eles patrulhavam a avenida Conselheiro Rodrigues Alves por volta das 23h50 de domingo (4) quando foram parados por uma mulher que indicou uma movimentação estranha em um mercado naquela via.
No estabelecimento, um funcionário relatou aos PMs que pessoas haviam entrado na loja e realizado um arrastão, levando diversos produtos.
Os policiais deixaram o local e, metros à frente, na rua Morgado de Mateus, encontraram um jovem de 32 anos com duas caixas de bombons, cada uma delas no valor de R$ 15.
Ainda segundo os PMs, o homem confessou o furto no mercado. Os policiais então deram ordem para que o suspeito se sentasse, mas foram ignorados. Os agentes disseram ainda que o homem estava bastante alterado e que foi necessário pedir reforço, totalizando quatro homens para segurá-lo.
Os policiais relatam que o suspeito ofereceu resistência mesmo algemado e que por isso foi necessário usar uma corda para amarrar seus pés.
Ainda de acordo com o BO, os policiais disseram que o homem ameaçou se levantar e correr. O suspeito teria dito que pegaria a arma dos PMs e atiraria contra eles, como ocorreu na zona leste -uma referência ao caso registrado na semana passada em São Mateus, em que um homem lutou contra dois PMs, tomou a arma de um deles e conseguiu ferir os dois agentes, que seguem sob cuidados médicos.
Imobilizado, o suspeito foi conduzido pelos policiais à UPA Vila Mariana. Foi nesse local que uma testemunha o filmou com pés e mãos amarrados.
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