Acionada pela Justiça a apresentar provas das alegações, a ex-ministra afirmou que o caso tem sido usado para fins políticos contra Bolsonaro
Foto: Reprodução / Facebook
Instada a apresentar provas sobre as denúncias que fez sobre supostos casos de exploração sexual de crianças na Ilha do Marajó, no Pará, a ex-ministra e senadora eleita Damares Alves (Republicanos-DF) alegou ter como base para os relatos conversas com o povo nas ruas.
“O que eu falo no meu vídeo são as conversas que eu tenho com o povo na rua. Eu não tenho acesso, os dados são sigilosos. Mas nenhuma denúncia que chegou na ouvidoria deixou de ser encaminhada”, disse ela ao jornal O Globo.
“Isso tudo é falado nas ruas do Marajó, nas ruas da fronteira. No começo do meu vídeo eu falo Marajó, porque é onde a gente começou o programa. Mas o tráfico de crianças acontece na fronteira. Essa coisa de que as crianças quando saem, saem dopadas, e seus dentinhos são arrancados onde elas chegam, a gente ouve nas ruas na fronteira”, acrescentou, a ex-ministra, que já foi acionada pela Justiça para apresentar provas das denúncias.
Apesar do que disse Damares Alves, documentos encaminhados por sua assessoria ao Estadão, com o objetivo de comprovar as alegações, não apresentaram qualquer registro que confirme os fatos narrados por ela.
Ao comentar o caso com o jornal O Globo, ela afirmou que ele tem sido usado eleitoralmente por adversários do presidente Jair Bolsonaro (PL). “Quero que vocês entendam que estamos diante de um período político. O governo do Pará é extremamente contra o governo Bolsonaro. Estão tensionando esse ponto, o que me deixa triste, num período eleitoral. Vamos deixar passar a eleição, conversar sério, olho no olho, depois da eleição. Estão politizando um tema complicado. Eu não fiz isso em programa eleitoral, foi um depoimento do meu coração dentro de uma igreja, que mais uma vez vaza e vira uma politização”, disse a senadora eleita.
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