Foto: Sean Gallup/Getty Images/Veja
Pela primeira vez em décadas, a expectativa de vida em países desenvolvidos diminuiu. De acordo com um estudo publicado recentemente no British Medical Journal (BMJ), o aumento no número de mortes pode estar relacionado à temporada severa de gripe que atingiu algumas regiões do hemisfério norte. De acordo com especialistas, a tendência é um sinal de alerta para o fato de que os sistemas de saúde podem não estar preparados para lidar com novos desafios. Os registros foram observados entre 2014 e 2015, considerando estimativas de tendência geradas a partir de estatísticas oficiais, que forneceram informações sobre a mortalidade da população em 18 (Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Holanda, Itália, Japão, Noruega, Portugal, Reino Unido, Suécia e Suíça) países analisados. Os únicos países dentro do espectro de alta renda que apresentaram aumento na expectativa de vida – tanto para homens quanto para mulheres – foram Austrália, Japão, Dinamarca e Noruega. Mas os cientistas não sabem explicar o motivo deste resultado. Segundo os pesquisadores, a diminuição da taxa em países como Estados Unidos, Alemanha, Canadá, Espanha e Reino Unido, foi notável, especialmente pela magnitude dos declínios. Outro dado interessante é que enquanto a maioria dos países que demonstraram declínios gerais entre 2014 e 2015 conseguiram se recuperar entre 2015 e 2016, mostrando ganhos na expectativa de vida para compensar a perda anterior, EUA e Reino Unido foram exceções, continuando a mostrar declínios na expectativa de vida nos anos mais recentes. Entre os motivos para essa inclinação estão desigualdade social, pobreza e o declínio da qualidade da prestação de cuidados de saúde nesses locais.
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