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sexta-feira, 2 de junho de 2023

São Paulo vai testar vacina contra crack e cocaína feita pela UFMG

Agora com a parceria entre a UFMG e a prefeitura de São Paulo, a vacina brasileira contra cocaína e crack poderá ser testada em humanos  
Foto: Reprodução/UFMG.
A Prefeitura de São Paulo fechou parceria e vai testar em humanos a vacina contra crack e cocaína desenvolvida pela UFMG, Universidade Federal de Minas Gerais. Por Renata Giraldi / SNB

A vacina Calixcoca é finalista em uma premiação internacional Euro Inovação na Saúde. Ela produz anticorpos anticocaína no organismo para tratar dependentes químicos.

Para o projeto em São Paulo, a prefeitura vai apoiar a produção do imunizante, que se mostrou ser capaz de bloquear o efeito das substâncias ativas das drogas em testes com ratos.

Ação conjunta
O pesquisador-chefe do projeto ressaltou que, nos testes realizados, os anticorpos produzidos pela Calixcoca criaram, a partir de uma molécula sintética, uma barreira que impediu que a cocaína fosse levada pelo sangue até o sistema nervoso central e o cérebro, interrompendo o mecanismo que provoca a compulsão pela droga.

A parceria para testar a vacina revolucionária em humanos foi definida durante reunião, nesta quinta-feira (1º), em São Paulo.

Participaram o pesquisador-chefe do projeto da vacina, professor Federico Garcia, com os secretários municipais da Saúde, Luiz Carlos Zamarco, e de Governo, Edson Aparecido, o chefe de gabinete da gestão municipal, Vitor Sampaio, e o coordenador da Vigilância em Saúde, Luiz Artur Caldeira.

Perspectivas
Na próxima etapa das pesquisas em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), responsável pelo Programa Municipal de Imunizações (PMI), será avaliada, conforme o progresso dos estudos, a aplicação do imunizante em pequenos grupos.

A possibilidade é aplicar em dependentes químicos em fase de recuperação.

Se bem-sucedida, poderá ser determinante para ajudar no tratamento de dependentes de crack e cocaína que, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), respondem por 11% da dependência química no Brasil.

“Será, entre outros avanços científicos, um movimento para recuperação psicossocial e reintegração de dependentes químicos à sociedade”, diz o secretário Luiz Carlos Zamarco.

Para o governo municipal, a produção da vacina chega em boa hora.

“O prefeito Ricardo Nunes determinou apoio irrestrito, tanto técnico como financeiro, para viabilizar e acelerar as próximas fases da vacina, que poderão custar, inicialmente, R$ 4 milhões”, disse Vitor Sampaio.

Dependência química é doença
A dependência química é considerada, na Classificação Internacional de Doenças (CID-10), da Organização Mundial da Saúde (OMS), como doença. Leia mais no sonoticiaboa

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