‘Brasília foi projetada pra ser uma ilha da fantasia. E continua sendo um delírio oligárquico’, afirmou Marcelo Calero (PSD-RJ)
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil
Ao comentar a controversa declaração do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), que classificou Brasília como “ilha da fantasia”, o ex-ministro da Cultura na gestão de Michel Temer, Marcelo Calero (PSD-RJ), endossou a fala do petista e foi além nas críticas à Capital Federal.
“Aquele negócio de botar a capital do país longe da vida das pessoas, na minha opinião, fez muito mal ao Brasil”, afirmou o ex-governador da Bahia, que, em meio à insatisfação do Legislativo pela falta de articulação do governo federal, acabou atraindo para si mais artilharia, incluindo pedidos de demissão.
“É isso. Brasília foi projetada pra ser uma ilha da fantasia. E continua sendo um delírio oligárquico. Qual outra capital foi artificialmente posicionada num pseudo centro geográfico, desconsiderando o centro demográfico?”, questionou o deputado federal licenciado, que hoje é secretário municipal de Cultura do Rio de Janeiro. “Brasília é um equívoco civilizatório”, completou.
“Repito: corretíssima a fala do Ministro Rui Costa. Não venham de mimimi, porque ele NÃO falou dos trabalhadores de Brasília, nem de suas periferias. Falou do que representa o ‘projeto Brasília’: um delírio oligárquico que custa R$ 15 bilhões por ano aos brasileiros”, pontuou.
A crítica de Calero é também uma resposta à fala do governador do Distrito Federal (DF), Ibaneis Rocha (MDB), que defende a continuidade de aportes do governo federal para bancar a estrutura do DF. “Brasília não foi projetada para abrigar indústrias, não tem território para competir na produção agrícola e precisa receber da União o que investe para abrigar de maneira competente toda a administração federal, as embaixadas e organismos internacionais”, disse o emedebista.
Ibaneis também reagiu à fala de Rui, a quem chamou de “completo idiota”.
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