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sexta-feira, 5 de maio de 2023

Pedreiro passa em 1º lugar na UFG, mas terá de fazer faculdade particular

Trabalhando como pedreiro há anos, Adenilson sempre teve o sonho de cursar o Ensino Superior. Agora ele passou em 1º lugar e vai cursar Filosofia!  
Foto: Reprodução/Redes sociais
Um pedreiro, de 47 anos, que trabalha desde antes do amanhecer até a hora que o sol se põe, realizou seu grande sonho. Ele foi aprovado, em 1º lugar e vai estudar Filosofia, na Universidade Federal de Goiás (GO). Por Renata Giraldi / SNB

Adenilson Nicolau, de Goiânia, tem uma vida dura: é uma rotina pesada de trabalho. Nem por isso deixou de lado os livros. Ele estudava nas raras horas vagas e, assim, determinado, conseguiu entrar na universidade pública.

Sara Linhares, filha de Adenilson, foi quem comunicou ao pai sobre a aprovação. O momento foi filmado e colocado no Twitter. O vídeo viralizou com mais de 1,3 milhão de visualização na plataforma e 68,8 mil curtidas. (assista abaixo)

Primeiro da família na faculdade
Orgulhosa do pai, Sara não se segurou ao anunciar a conquista dele. “Meu pai todo lindinho com a roupa do serviço [ele é pedreiro] vendo que passou na UFG e vai fazer filosofia o primeiro de toda a família dele a entrar na faculdade”, reagiu a jovem nas redes sociais.

O vídeo emociona! Nas redes sociais, Sara é só elogios ao pai. Há várias postagens dela, dizendo da alma de poeta e de rapper do pai.

Impedido de se matricular
No entanto, Adenilton Nicolau Musgo foi impedido de dar continuidade ao seu sonho porque fez sua inscrição usando o sistema de cota racial e, para fazer uso desse direito, ele precisaria ter concluído o ensino médio em escola pública, o que não aconteceu.

“Quando fizemos a inscrição, minha filha usou o sistema de cota racial utilizando a minha nota no Enem. Eu fui aprovado, mas para usar a cota você precisa vir de um ensino médio público. Como fazer o estudo sempre foi algo difícil para mim, eu decidi fazer o EJA (Educação de Jovens e Adultos). Eu comecei fazendo em escola pública, mas terminei em escola particular, porque seria mais rápido. Quando fui apresentar meu diploma, fui barrado por esse item ao qual a gente não tinha se atentado. Estou bastante triste”, contou.

Mas ele garantiu que não vai desistir:
“Meu sonho não morre aqui, não vou desistir. Vou procurar uma faculdade particular mesmo e vou terminar este curso, se Deus quiser. Obrigado a todo mundo que me parabenizou”, afirmou. Leia mais no sonoticiaboa

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