"O NOVO, fundado em 2011 e pelo qual trabalhamos por mais de 10 anos, não existe mais", escreveu o ex-presidenciável, que apoiou Lula no segundo turno
Foto: Marcello Casal/Agência Brasil
No segundo turno das eleições, Amoêdo anunciou apoio na candidatura do agora presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No começo de outubro, o Novo liberou os filiados a apoiar o lado que achasse mais apropriado, porém anunciou a suspensão da filiação do fundador após este firmar aliança com o PT.
De acordo com Amoêdo, “o NOVO atual descumpre o próprio estatuto, aparelha a sua Comissão de Ética para calar filiados, faz coligações apenas por interesses eleitorais”. Ele acusou a atual direção de, nos últimos 33 meses, desconfigurar o partido, distanciando-o de seu perfil de original “de ser uma instituição inovadora que, com visão de longo prazo, sem culto a salvadores da pátria, representava a esperança de algo diferente na política”.
Na sequência, o agora ex-filiado ressalta que o partido, “mesmo com o péssimo desempenho eleitoral, com a perda de milhares de filiados, a saída de inúmeros dirigentes”, não dá sinais de retornar àquilo para o qual foi concebido. “Neste cenário, seria incoerente permanecer em um partido com o qual tenho diferenças de visão, de propósito e de conduta”, conclui Amoêdo.
O ex-candidato a presidente ressalta que a saída do partido não muda sua disposição de “ajudar o Brasil”. Amoêdo espera ” levar os aprendizados desse projeto e, junto com aqueles que conheci e que compartilham dos mesmos valores, trabalhar pelo que sempre foi meu objetivo: contribuir para melhorar a vida dos brasileiros”.
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