O trabalho realizado pela Asdita (Associação dos Diabéticos de Itabuna) foi destacado em sessão especial na segunda-feira (07), com a presença de fundadores, voluntários e pacientes. Primeira presidente da entidade, a médica endocrinologista Marluce Leão trouxe uma retrospectiva da trajetória que completará 37 anos em dezembro.
Entre as atividades antes oferecidas ao longo da semana, educação física para diabéticos, palestras, além do atendimento com endocrinologista, nutricionista e exame do pé diabético. “Mudamos a realidade da assistência ao diabético em Itabuna; mostramos as necessidades do diabético à sociedade e modificamos a visão”, avaliou.
Com a pandemia e a falta de recursos, porém, parte das atividades foi interrompida e o cenário é de apreensão. “No momento, a gente não tem ajuda de ninguém. Estamos precisando de novas parcerias, de ajuda para manter a Asdita em condições de trabalho”, afirmou a atual presidente, Regina Brito.
O vereador Ricardo Xavier (Cidadania), autor do pedido para a sessão, disse que é um desafio para toda a sociedade abraçar a Associação. “Eles estão pedindo socorro; que não morram instituições como a Asdita, que faz um trabalho tão positivo na cidade. Esta é uma sessão para reconhecimento”, frisou.
“Nossa voz”
Também presente, o edil Israel Cardoso (Agir) convidou a todos para a sessão de quarta-feira, quando será homenageada a ONG Unidos pelo Diabetes. À frente da entidade e do Mutirão do Diabetes, o médico Rafael Andrade reconheceu a importância da Asdita.
“A Asdita faz parte da minha vida, Dra. Marluce é um farol. A associação, a quem eu devo tanto, vai estar sempre perto da gente; é nossa voz educacional. É nosso dever enquanto sociedade melhorar todos os dias do ano. Começa também com uma associação forte. Porque educação é absolutamente tudo”.
O bioquímico Ary Paranhos completa o time de fundadores junto com Dr. Carlos Mattedi (in memoriam) e a nutricionista Maria Lúcia Azevedo. “Vemos a Asdita com dificuldade, porque depende de recursos humanos e recursos financeiros. Se deixa de existir, a falta vai ser muito grande, porque ela faz um trabalho diário”, conclamou.
A bioquímica e farmacêutica Kellen Veruska Santana, que já foi presidente da Associação, lembra que ter aderido à causa desde quando a filha dela foi diagnosticada com diabetes quando tinha apenas um ano de idade. Hoje, ela tem 26. “Aprendi na Asdita a como lidar com o diabetes; é necessário que o poder público entenda a importância. Doença não escolhe classe social nem idade”, acrescentou.
Os vereadores deverão acompanhar para que a Secretaria de Saúde retome o apoio à Asdita. Por ora, está marcada uma reunião dia 29. A sessão contou, ainda, com a presença do ex-secretário de Relações Institucionais, Afonso Dantas; de Roberta Fulgêncio, representando a secretária Lívia Mendes, e do médico Luís Jesuíno Andrade, um dos profissionais que fazem parte da história da Asdita.
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