Foto: Agência Brasil
Uma crise no desabastecimento tem causado prejuízo aos revendedores de gás de cozinha na Bahia. Quase metade dos estabelcimentos do estado estão fechados, segundo estimativa do Sindicato de Revendedores de Gás do estado.
Para o Bahia Notícias, o dirigente Robério Souza informou que a Bahia já vinha enfrentando desabastecimento desde os últimos seis meses, mas a situação se agravou nos últimos 15 dias.
“A gente sempre vive no limite, mas chegamos ao ápice nesta semana. Mais de 40% das revendas estão fechadas por não ter gás e algumas trabalham em apenas um turno”, disse Robério.
Ainda de acordo com o sindicalista, nos bairros mais populosos de Salvador o problema é ainda maior. Em Itapuã, por exemplo, apenas 12 das 25 revendedoras têm o produto. Em municípios como Serrinha, Vitória da Conquista e Luís Eduardo Magalhães a situação também é preocupante. “Fica pior no interior do estado porque o deslocamento do revendedor é maior. Ele precisa percorrer grandes distâncias para sair da base de venda, até o lugar de embase”.
Apesar da preocupação, o sindicalista reforça que não há risco de aumento de preço do gás e faz um apelo para a população: “O pedido que a gente reforça é que o consumidor não antecipe sua compra e não estoque gás. Só devem comprar aqueles que estão realmente precisando, porque senão aí sim vai faltar”, orientou.
Em nota, a Acelen - empresa responsável pela refinaria Mataripe, antiga RLAM - informou que o desabastecimento foi causado por unidades da refinaria que estão passando por manutenção programada ou reativação e por isso houve a necessidade de ajustar os prazos originalmente previstos para retomada de produção por questões de segurança de processo.
A empresa ainda disse que está buscando meios alternativos para abastecer a todos com segurança, transparência e qualidade. A Acelen não deu prazo, mas afirmou que o abastecimento será regularizado nos próximos dias.
O Sindicato dos Revendedores criticou a postura da empresa. “Eles pararam a linha de produção, mas não fizeram estoque. A resposta que deram foi muito vaga e cobramos uma informação mais exata, ainda não tivemos uma data precisa. Estamos apreensivos com esta situação”, pontuou Robério.
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