Pesquisadores da Unicamp descobriram que a molécula da bactéria encontrada no rio Amazonas tem potencial para inibir crescimento do câncer de intestino
— Foto: Roberta Ruela de Souza
Uma bactéria encontrada no rio Amazonas pode ser a nova promessa para combater o câncer no intestino, entre outros. A descoberta pode levar a um tratamento revolucionário para bloquear a progressão de células doentes em pacientes com o tumor, sem prejudicar as células sadias.
O estudo foi desenvolvido por pesquisadores do Instituto de Biologia (IB) da Unicamp, em parceria com uma cientista do Departamento de Bioquímica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
A pesquisadora Alessandra Faria, do Departamento de Bioquímica e Biologia Tecidual do IB, disse que, apesar de o estudo ter focado em tumores de intestino, a descoberta também tem potencial para combater cânceres no esôfago, estômago, próstata e a leucemia mielóide crônica. A proteína encontrada no rio Amazonas facilita a progressão da doença nestes órgãos. Por Monique de Carvalho / SNB
Promessa para a indústria farmacêutica
O segredo para que o tratamento se torne eficiente está na atuação da proteína tirosina fosfatase de baixo peso molecular (LMWPTP).
O grupo de pesquisadores combinou o estudo da bactéria violaceína com as descobertas sobre a proteína LMWPTP e percebeu que a molécula é capaz de neutralizar a proteína facilitadora da progressão das células cancerígenas.
Alessandra conta que o avanço dos estudos sobre a proteína LWMPTP já é acompanhado pela indústria farmacêutica.
“A ideia é desenhar um inibidor específico para a LWMPTP. Existe um inibidor para LMWPTP em testes, a patente é americana, então indica que a indústria está acompanhando os próximos capítulos dessa pesquisa”, completou a pesquisadora. Leia mais no sonoticiaboa
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