O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Kassio Nunes Marques encaminhou à PGR (Procuradoria-Geral da República) uma queixa-crime contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro (PL). O termo de vista enviado à PGR é de 11 de fevereiro.

“Nunca vi tanta ignorância. Ou seria boçalidade? Meu Deus!”, escreveu o deputado em 17 de abril de 2021. Junto com a mensagem, havia um vídeo que mostrava a atuação dos guardas em março daquele ano.
No pedido ao STF, os advogados da associação pedem que Eduardo esclareça se, ao usar os termos ignorância e boçalidade, ele se referia a quem desrespeitava a regra sanitária ou aos guardas. Na opinião dos defensores, o deputado mostrou-se “despido de compromisso no combate à pandemia diante das suas alegações”.
A associação explica que, como é “subordinado a ordens hierárquicas”, ao guarda “resta o dever de orientar o uso de máscaras de proteção individual e aplicar multa ao munícipe que desrespeitar o referido decreto”.
Um dos guardas no vídeo reclama da exposição que teve a partir da mensagem do filho do presidente da República e lembra que “trabalhava para conter a letalidade da pandemia”. “Sendo assim, não deve ser chamado de ignorante muito menos de boçal.”
O pedido dos advogados é que Eduardo seja condenado pelo crime de injúria, que tem pena de detenção de um a seis meses. A defesa ainda quer que, caso haja condenação, a pena aumentada em um terço por ter sido cometida contra funcionário público.
Não há prazo para que a PGR se manifeste sobre o caso. A reportagem tenta contato com a assessoria do deputado, já que não há indicação de advogado dele na ação movida no STF. O post STF encaminha à PGR queixa-crime contra Eduardo Bolsonaro apareceu primeiro em Jornal de Brasília.
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