Levantamento feito pela Globonews mostra que maior parte dos estados brasileiros vacinaram menos de 15% de crianças nessa faixa etária até o momento
Foto: Reprodução
Apenas 18,8% das crianças de 5 a 11 anos no Brasil receberam a primeira dose do imunizante contra a Covid-19 até o momento. São pouco mais de 3,7 milhões de imunizados até esta segunda (7), de um total de cerca de 20 milhões de crianças nessa faixa etária. O levantamento foi feito pela Globo News com informações das secretarias estaduais de Saúde.
A maioria dos estados brasileiros não conseguiu vacinar nem 15% das crianças até agora. Proporcionalmente, os estados que menos vacinaram as crianças até agora são Paraíba (1,8%), Pará (1,9%) e Mato Grosso (2,0%).
Do outro lado, os estados que mais vacinaram essa faixa etária até o momento são São Paulo (48,0%), Distrito Federal (30%) e Rio Grande do Norte (22,6%).
Alguns estados alegaram uma desatualização dos dados uma vez que alguns municípios estão com dificuldade em inserir os números no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações. É o caso de Rio de Janeiro, Goiás e Paraíba. Segundo essas secretarias de Saúde, o número real de vacinados deve ser maior do que o contabilizado até o momento por conta dessa dificuldade de acesso ao sistema do Ministério da Saúde.
Seis estados não deram retorno para a reportagem até o momento. São eles: Alagoas, Sergipe, Acre, Rondônia, Amapá e Tocantins.
O pediatra infectologista Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de imunizações (SBIm), afirma que o número preocupa, mas que também existe uma subnotificação dos dados.
“Tem estados e municípios que não têm gente para registrar as doses aplicadas. Ou vacina, ou registra”, diz.
Segundo o médico, outro fator que impacta nos baixos índices até o momento é o fato das doses terem demorado a chegar em muitos estados e municípios, uma vez que só havia disponibilidade da vacina da Pfizer.
"Vamos ver agora com mais disponibilidade de CoronaVac se isso sobe. Creio que os números vão crescer bastante nas próximas semanas", afirma Kfouri.
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