Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil
Em sua primeira entrevista após a investigação jornalística Pandora Papers revelar uma empresa offshore em seu nome em um paraíso fiscal (veja aqui), o ministro da Economia Paulo Guedes garantiu que não cometeu nenhum tipo de irregularidade.
Em Washington (EUA) para participar da reunião anual do FMI e Banco Mundial, Guedes falou para a CNN Internacional que “não fez nada de errado” e que sua offshore é “legal, reportada ao Comitê de Ética da Presidência, declarada na Receita Federal e registrada no Banco Central”. “Eu saí do comando da empresa semanas antes de assumir o ministério. E além disso, na semana passada, a Suprema Corte brasileira arquivou o caso”.
De acordo com a investigação, Guedes fundou a Dreadnoughts International, uma offshore nas Ilhas Virgens Britânicas, um paraíso fiscal no Caribe, em setembro de 2014. Meses depois, o atual ministro aportaria cerca de US$ 9,5 milhões - o equivalente, hoje, a mais de R$ 50 milhões - na conta da offshore, numa agência do banco Crédit Suisse, em Nova York.
Ainda durante a entrevista, o ministro anunciou que o Brasil criará um pacote de US$ 2,5 bilhões em infraestrutura verde a ser anunciado na COP26, em Glasgow, no começo de novembro. “Será um pacote de 2,5 bilhões de dólares. Sabemos que o futuro é verde e digital, e nós estaremos lá. O Brasil é uma potência verde e o quarto maior mercado digital do mundo”, disse.
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