por Matheus Caldas**Foto: Divulgação
Os números apresentados nesta terça-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que colocaram a Bahia com o maior recuo da produção industrial do país no primeiro trimestre de 2021 (leia mais aqui), são fruto da “tragédia” deixada pela saída da Ford, consumada em janeiro deste ano (relembre).
Esta é uma avaliação feita pelo gerente de estudos técnicos da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Ricardo Kawabe. “O fator determinante foi, sem dúvida, a Ford. Era o quinto maior setor da indústria baiana e desapareceu. Então, quando você zera a produção de um setor tão expressivo, não tem como o impacto não se refletir no agregado da indústria”, analisou, em entrevista ao Bahia Notícias.
De acordo com o levantamento feito pelo IBGE, o setor automotivo no estado apresentou, no comparativo entre os meses de março de 2020 e 2021, um índice de queda de -96,4%. Para Kawabe, isto é “apenas uma estatística”. “A gente sabe que vai zerar o setor na Bahia. Infelizmente, a gente vai ter que repetir essa explicação de que a indústria baiana está com médias abaixo da média brasil”, disse, destacando a média brasileira, que, mesmo com recuo de 2,4%, está acima da baiana que, nos últimos 12 meses, retrocedeu 17,9%.