Empresa que trocou XP por BTG fecha acordo; paga multa de R$ 200 mi
A mudança de parceiros gerou grande repercussão no mercado, desencadeando uma disputa judicial entre as partes envolvidas
Sophia Bernardes / bpmoney
Acqua-Vero / Divulgação
A Acqua-Vero, uma renomada empresa de agentes autônomos, tomou uma decisão estratégica em 2021 ao encerrar seu contrato com a XP Investimentos, optando por transferir suas operações para o BTG Pactual.
A mudança de parceiros da empresa, XP e BTG, gerou grande repercussão no mercado, desencadeando uma disputa judicial entre as partes envolvidas.
Após o rompimento, a XP moveu um processo contra a empresa paulistana, que prontamente recorreu das acusações, iniciando uma batalha jurídica que se estendeu por um tempo considerável. As discussões giraram em torno de questões contratuais e os impactos financeiros decorrentes dessa decisão de troca.
Recentemente, no entanto, as partes chegaram a um acordo. A empresa paulistana aceitou pagar uma multa de R$ 200 milhões para encerrar o conflito, selando o entendimento com a holding de Guilherme Benchimol, fundador da XP.
Esse desfecho marca o fim de um período de incertezas e possibilita que ambas as empresas sigam com suas respectivas estratégias no mercado financeiro.
R$ 1 bi em 1 mês: como a empresa atingiu a marca pós-migração ao BTG
A Acqua-Vero, empresa paulistana, celebrou a conquista de R$ 1 bilhão em patrimônio de clientes captado em apenas 23 dias úteis durante o mês de junho. “A aceleração da carteira de clientes foi grande nesse período”, diz Eduardo Akira, um dos sócios-fundadores da Acqua-Vero.
A conquista ocorre em meio a um período de grandes transformações para a empresa. Fruto da fusão entre dois dos principais escritórios da XP, Acqua e Vero, realizada em dezembro de 2020, a Acqua-Vero passou, desde maio deste ano, a integrar o ecossistema do banco BTG Pactual, que faz parte do mesmo grupo controlador da EXAME.
A mudança de parceria está alinhada a planos ambiciosos para expandir o escopo de atuação da Acqua-Vero. O objetivo é transformar o escritório em uma corretora, o que garantiria maior autonomia para a recomendação de produtos financeiros aos clientes, comparado ao modelo atual de agentes autônomos.
Essa transição, entretanto, depende de uma autorização do Banco Central, que deve ser solicitada nos próximos meses, conforme o ritmo de captação de novos clientes. A performance recente será um fator determinante para a aceleração desse processo.
Com base no volume de negócios registrado em junho, a expectativa é que o patrimônio líquido da empresa alcance R$ 5 bilhões ainda em 2021. Antes da migração para o BTG, a empresa já administrava R$ 8,5 bilhões em recursos de seus clientes.
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