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segunda-feira, 7 de outubro de 2024

Advogado de Marçal considera "erro fatal" postagem com laudo falso contra Boulos

Foto: Reprodução- Flow
Segundo informações do GLOBO, um dos advogados da campanha de Pablo Marçal (PRTB) disse que os assessores jurídicos do candidato e o partido não foram consultados antes da postagem do falso laudo contra o candidato Guilherme Boulos (PSOL). Marçal teria contado apenas para os aliados mais próximos, como o advogado Tassio Renam.

"Erro fatal. Devia ter consultado o jurídico", disse o advogado, que agora estuda possibilidades de defesa no caso do falso laudo.

Na noite da última sexta-feira (4), Marçal divulgou um laudo falsificado apontando que Boulos teria procurado uma clínica com surto psicótico e o médico o teria encaminhado uma emergência psiquiátrica, em 2021. O mesmo documento, indicaria que o deputado federal teria testado positivo para cocaína no episódio. Cerca de uma hora depois, o post foi removido e a conta de Marçal foi derrubada pela Justiça Eleitoral.

No sábado (5), Marçal declarou a jornalistas que não se arrependia da postagem e o documento falso teria sido recebido pelo seu advogado e ex-CEO do seu grupo empresarial, Tassio Renam.

FILHA DE MÉDICO PEDE INELEGIBILIDADE DE MARÇAL
A filha do médico José Roberto de Souza, que assina o laudo falso postado por Pablo Marçal, entrou com uma ação na Justiça de São Paulo contra o candidato do PRTB. Carla Maria de Oliveira e Souza pede a inelegibilidade do candidato que teria utilizado uma assinatura falsificada de seu pai.

Carla alega que o ex-coach cometeu o crime de falsidade ideológica. Além da inelegibilidade, a filha do médico também pede a anulação ou suspensão dos votos obtidos por Marçal no primeiro turno.

O caso foi distribuído para a juíza Luiza Barros Rozas Verotti, da 13ª Vara de Fazenda Pública, mas até o momento não houve uma decisão sobre o processo. Conforme o sistema do Tribunal de Justiça de São Paulo, a ação está com "tramitação prioritária".

Em entrevista ao GLOBO, Carla Maria de Oliveira e Souza disse que espera a inelegibilidade de Marçal "por oito anos, pelo menos".

"Esse ser abjeto precisa ter limite, ele não teve nenhum tipo de punição. O que eu realmente espero dessa ação e de outras que foram movidas contra ele é que se tenha alguma coisa, a inelegibilidade desse cara por oito anos, pelo menos", disse.

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