Portadores da Niemann-Pick tipo C (NP-C), doença genética grave, rara e sem cura, estão correndo risco de morte. Há cerca de três meses a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) interrompeu o fornecimento do medicamento Zavesca (Miglustat), usado no único tratamento indicado e aprovado pela Anvisa para pacientes com a doença. Sem o remédio, que hoje é distribuído por meio de ordem judicial, o paciente pode ter o quadro clínico agravado e, inclusive, morrer. A NP-C é uma doença progressiva, neurodegenerativa e que impede o organismo de metabolizar corretamente o colesterol e outros lipídios (moléculas gordurosas) dentro de suas células. Por conta disso, quantidades nocivas de colesterol e outros lipídios se acumulam no fígado, baço e cérebro. Há sete anos, o jovem Adenilton Argolo Barreto, 28, faz uso do remédio. Contudo, nos últimos meses, foi obrigado a interromper o tratamento por conta da falta de remédios.A procura pelo medicamento tornou-se uma verdadeira via crucis para seu pai, o aposentado André Marta Barreto, 53. Todos os dias ele vai até a farmácia do Hospital Geral do Estado, onde o remédio é distribuído, na esperança de dar continuidade ao tratamento do filho. "Demoramos mais de 20 anos para descobrir a real doença do meu filho. Com o remédio, percebemos que houve uma estabilização do quadro. Agora, ele corre o risco de regredir, pois não está seguindo a prescrição médica", contou André. Leia mais...
A ala “rebelde” do PMDB, que resolveu desembarcar
neste ano do governo Dilma Rousseff (PT), está cada vez maior e poderia
arrastar até o presidente do partido: o vice-presidente da República
Michel Temer. A afirmação é do deputado federal Darcísio Perondi (RS),
reeleito no último domingo (5) com 109 mil votos para seu sexto mandato
consecutivo na Câmara. Vice-líder do PMDB na Câmara e presidente da
Frente Parlamentar da Saúde, Perondi disse que há um sentimento
“antipetista” crescente no Congresso e que o “movimento pró-Aécio” em
seu partido fará “estragos” na campanha dilmista. O parlamentar fez
duras críticas à presidente, principalmente pelo fato de ela não ter
recebido a frente parlamentar durante seu mandato, diferente do
antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva. Ao lado do deputado federal
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Perondi vem liderando um movimento que rachou o
partido, que é o principal aliado do PT no Congresso. Em reunião com 30
parlamentares do PMDB na quarta-feira (8), em Brasília, Perondi contou
que apenas um deputado defendeu a continuação da aliança com o atual
governo. Para ele, esse sentimento domina mais da metade da bancada
peemedebista. Atualmente com 71 parlamentares, o PMDB terá 66 na próxima
legislatura, será a segunda maior bancada, atrás apenas do PT, com 70
deputados. Em terceiro aparece o PSDB, com 54 eleitos. Perondi já
enfrentará uma batalha frontal contra o PT nas próximas semanas: José
Ivo Sartori, do PMDB, tenta desbancar o governador Tarso Genro, do PT,
no Rio Grande do Sul. (Record)