Pesquisadores de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, e de Londres, na Inglaterra, estão desenvolvendo um bioinseticida produzido a partir de um fungo encontrado na restinga do Norte do Rio. Os pesquisadores já conseguiram resultados satisfatórios que podem levar à criação de um inseticida natural à base de fungos presentes nas folhagens da restinga. Dos 1.300 fungos encontrados, 800 já foram catalogados e 36 plantas estão sendo estudadas pelos pesquisados. Elas foram encontradas nas restingas de Grussaí, em São João da Barra, e na Reserva da Caruara, em Guarapari, no Espírito Santo.
Da restinga, as amostras das plantas vão para o laboratório onde começa o processo de retirada do fungo. Um dos fungos cadastrados apresentou resultado positivo. A aplicação do extrato feito com o fungo diminuiu o crescimento de larvas do Aedes Aegypti, transmissor da dengue.
O trabalho é coordenado pela pesquisadora Graça Freire, do Instituto Superior de Educação do Centro Educacional Nossa Senhora Auxiliadora (Isecensa). Segundo ela, uma das vantagens da pesquisa será a maior eficácia do bioinseticida, já que os mosquitos estão se tornando imunes aos inseticidas químicos em uso no país. Além disso, por vir de componentes naturais, o inseticida será menos tóxico. Outra aplicação prática da pesquisa é no combate ao risco de reurbanização da febre amarela, doença transmitida pelo mesmo vetor da dengue.
Amostras de folhagens da restinga são colhidas no trabalho de campo. Nos laboratórios do Isecensa, os fungos, que convivem de forma pacífica nas folhas, são isolados, identificados, armazenados e depois selecionados para os testes biológicos contra o mosquito.
Sequenciamento do DNA em Londres
A pesquisa inédita, que começou em Campos, ganhou apoio da Universidade de Bath, com a parceria do cientista Daniel Henk. Recentemente, a pesquisadora campista Graça Freire esteve em Londres, na Inglaterra, e, com a ajuda do professor Henk, começou o sequenciamento do DNA de fungos encontrados na restinga local.
“O Isecensa assinou convênio de colaboração com a universidade inglesa, no qual desenvolve alguns experimentos aqui no Brasil e a equipe do doutor Henk realiza outros na Inglaterra”, comentou Graça.
Além do Isecensa, o projeto de pesquisa intitulado "Biodiversidade de Fungos Endofíticos de Mangue e Restinga e a Atividade Biológica de Extratos dos Isolados Contra Aedes Aegypti" conta com a parceria da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Universidade Federal de Viçosa, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UFRJ) e Universidade de Bath, na Inglaterra. Foto: Reprodução-Fonte: G1
Da restinga, as amostras das plantas vão para o laboratório onde começa o processo de retirada do fungo. Um dos fungos cadastrados apresentou resultado positivo. A aplicação do extrato feito com o fungo diminuiu o crescimento de larvas do Aedes Aegypti, transmissor da dengue.
O trabalho é coordenado pela pesquisadora Graça Freire, do Instituto Superior de Educação do Centro Educacional Nossa Senhora Auxiliadora (Isecensa). Segundo ela, uma das vantagens da pesquisa será a maior eficácia do bioinseticida, já que os mosquitos estão se tornando imunes aos inseticidas químicos em uso no país. Além disso, por vir de componentes naturais, o inseticida será menos tóxico. Outra aplicação prática da pesquisa é no combate ao risco de reurbanização da febre amarela, doença transmitida pelo mesmo vetor da dengue.
Amostras de folhagens da restinga são colhidas no trabalho de campo. Nos laboratórios do Isecensa, os fungos, que convivem de forma pacífica nas folhas, são isolados, identificados, armazenados e depois selecionados para os testes biológicos contra o mosquito.
Sequenciamento do DNA em Londres
A pesquisa inédita, que começou em Campos, ganhou apoio da Universidade de Bath, com a parceria do cientista Daniel Henk. Recentemente, a pesquisadora campista Graça Freire esteve em Londres, na Inglaterra, e, com a ajuda do professor Henk, começou o sequenciamento do DNA de fungos encontrados na restinga local.
“O Isecensa assinou convênio de colaboração com a universidade inglesa, no qual desenvolve alguns experimentos aqui no Brasil e a equipe do doutor Henk realiza outros na Inglaterra”, comentou Graça.
Além do Isecensa, o projeto de pesquisa intitulado "Biodiversidade de Fungos Endofíticos de Mangue e Restinga e a Atividade Biológica de Extratos dos Isolados Contra Aedes Aegypti" conta com a parceria da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Universidade Federal de Viçosa, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UFRJ) e Universidade de Bath, na Inglaterra. Foto: Reprodução-Fonte: G1
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