Caso seja aplicado no Brasil, o horário de verão começa a valer no país na primeira semana de novembro
Foto: Arquivo/Agência Brasil
A Bahia aderiu ao horário de verão pela última vez em 2011, após ter ficado oito anos sem adiantar os relógios. Ainda não há informações concretas sobre a adoção da mudança no estado em 2024. No entanto, o governo afirma que a medida geralmente não atinge as regiões Norte e Nordeste, sendo mais provável de ocorrer nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil.
Segundo o governo, o horário prolongado de verão era mais eficaz nas regiões da parte de baixo do país, pois foi percebido que os dias de verão eram mais longos, permitindo que a luz natural fosse melhor aproveitada e o uso da energia reduzida. No Norte e Nordeste, o impacto foi mínimo por causa da menor variação de luminosidade ao longo do ano.
O adiantar de 1h nos relógios dos brasileiros, envolvendo questões ambientais, foi alvo de discussões durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira (2), na cúpula do G20, no Museu de Arte Moderna, no Rio de Janeiro.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que o horário de verão pode ser aplicado no Brasil, pois o país ainda não tem uma matriz energética de 75% como a da França, e que o Brasil tem uma matriz hídrica com potencialidade, o que faz com que o governo continue apostando nela.
“Quando tivemos uma matriz como a da França, de 75% de [energia] nuclear, nós vamos depender menos de uma natureza, mas vamos depender mais da relação internacional, porque não tem urânio, então ela vai depender mais da paz global para que receba urânio da África, para disputar esses espaços dos minerais críticos, especialmente o urânio”, afirmou.
O ministro disse que o horário de verão é uma “possibilidade real”, que ainda não “está tomada”. Ainda reiterou que se não houver “nada que possa mudar o quadro nos próximos dias, a necessidade do horário de verão para o mês de novembro, pode se tornar uma realidade”. Caso seja aplicado no Brasil, o horário de verão começa a valer no país na primeira semana de novembro.
Extinção no governo Bolsonaro – Em 2019, durante seu mandato, Jair Bolsonaro assinou o decreto que revogou o horário de verão. Na época, de acordo com o presidente, a medida não tinha estudos que analisassem a economia de energia no período e como o relógio biológico da população é afetado. Desde então, o Brasil não teve mais horário de verão, o que pode mudar, com base nas próximas medidas do governo.
Caso seja adotado, o recurso irá adiantar os relógios em uma hora durante os meses de primavera e verão, quando os dias são mais longos por causa da luz do sol. O argumento do ministro de Minas mostra que o horário de verão pode reduzir o alto consumo de energia elétrica no país.
Nenhum comentário:
Postar um comentário